POPULAÇÃO DE VÁRIAS CIDADES AMERICANAS E CANADENSES PRESSIONAM PELA SUBSTITUIÇÃO DE OLEODUTO SOB O LAGO MICHIGAN
A governadora de Michigan Gretchen Whitmer (foto principal) determinou que a linha 5 do oleoduto, que cruza os lagos entre os Estados Unidos e o Canadá, permaneça fechada por tempo indeterminado, mesmo com a Enbrigde, proprietária do oleoduto, ter reparado um trecho da linha que foi afetada por acidente, provavelmente por um cabo ou uma âncora, na semana passada. A Enbridge foi forçada a encerrar seu oleoduto da Linha 5 no Estreito de Mackinac até pelo menos a próxima terça-feira (14), quando haverá uma nova audiência na justiça. Os moradores do entorno da região estão seriamente preocupados com esta decisão, pelas consequências que isso trará para todos. Eles pressionam as autoridades receando sentirem os efeitos do fechamento do oleoduto que abastece dezenas de negócios nas cidades vizinhas. O fechamento por mais de uma semana geraria prejuízos graves e grandes transtornos.
O presidente e CEO da Associação de Petróleo e Gás do Michigan, Jason Geer (foto à direita) não tem dúvidas: “Se a paralisação persistir apenas até a terça-feira, não é provável que tenha um grande impacto sobre os preços imediatamente. Impacto terá, mas não deverá ser grande. Se chegar a duas semanas, três semanas, você começará a sentir a dor na bomba de combustível e onde se compra o seu propano.” Já o gerente de Petoskey, da Marathon, disse: “Eu não acho que você verá uma diminuição nos clientes. Ainda é verão, as pessoas ainda virão. Só que eles pagarão um pouco mais e ouviremos mais pessoas reclamando pela alta nos preços.”
De acordo com Enbridge, um desligamento da Linha 5 cria um déficit de mais de 14 milhões de litros de combustível de transporte por dia e um déficit de mais de 750.000 litros de propano por dia. Em um comunicado, a Enbridge disse sem rodeios que o desligamento prolongado criaria uma escassez crítica e elevaria os preços do gás. “Um desligamento prolongado da Linha 5 ameaçaria o fornecimento de combustível em Michigan e Ohio, resultando em escassez crítica de fornecimento de gasolina e aumento de preços do combustível para os consumidores em Michigan e na região“. O propano é transportado e armazenado no verão antes de ser usado no inverno. As Autoridades disseram que a paralisação também afetará esse processo: “Nossos membros empregam cerca de 47.000 residentes de Michigan” disse Jason Geer. “Muito do que nossos membros fazem seria afetado pela perda da Linha 5. Você provavelmente verá esse número diminuir drasticamente”. A companhia canadenses também está tendo um prejuízo diário com o fechamento do oleoduto, mas a empresa não quis falar sobre esses valores.
O juiz James Jamo (foto à esquerda), do Tribunal do Condado, ordenou que a Enbridge desligasse a linha 5, enquanto se aguarda o resultado da audiência de terça-feira (7) em uma liminar temporária. O Juiz James Jamo disse que consideraria as evidências e emitiria uma decisão por escrito, provavelmente nos próximos dias. Embora a Enbridge já tenha fornecido às autoridades estaduais relatórios e vídeos de engenharia de seus veículos operados remotamente, inspecionando os tubos subaquáticos, ainda não estão disponíveis informações críticas para o estado avaliar se os oleodutos devem continuar em operação.
Em nova versão, a Enbridge acredita que o dano foi causado por duas embarcações em incidentes separados. Primeiro, um navio viajando leste-oeste através do Estreito, arrastando algo que não fosse uma âncora, mas talvez um cabo. Isso com base nas marcas de arrasto e na perda de coberturas biológicas externas no oleoduto. Um outro navio estaria viajando norte-sul, paralelo à Linha 5, causou o dano ao suporte da âncora do duto.
“Eles levantaram a hipótese, mas não houve determinação da causa”, disse a procuradora Reichel Nessel (foto à direita). “E, o que é ainda mais extraordinário, não há uma determinação de quando esses eventos que deram origem a essas condições ocorreram. Não há evidências de que a Enbridge tenha sistemas instalados que tenham capacidade para detectar quando incidem impactos de objetos estranhos nos oleodutos – o que, escusado será dizer da perspectiva do estado, é extremamente preocupante”.
O estado afirma que ainda existem informações importantes que ainda não foram fornecidas pela Enbridge “sem informações completas, o Estado não pode exercer o dever que o tribunal reconheceu ter de proteger a confiança do público”, afirmou Reichel Nessel. Os advogados da Enbridge, no entanto, disseram que concordaram em fornecer ao Estado todas as informações que estão compartilhando com a Administração Federal de Segurança de Oleodutos e Materiais Perigosos (PHMSA), que permitiu que a parte oeste dos oleodutos gêmeos retomasse as operações em 20 de junho, antes da ordem do juiz interromper temporariamente o fluxo.
“O ônus de apoiar a moção liminar do procuradora-geral é, obviamente, sobre o procuradora-geral. Ela não chegou nem perto de encontrá-lo”, disse David Coburn (foto à esquerda), advogado de Enbridge, com base em uma lei federal de 1979 aprovada pelo Congresso para uniformizou a regulamentação de oleodutos interestaduais, disse ele do advogado.
David Coburn argumentou que os ataques e danos, que não parecem ser graves o suficiente para ocorrerem na âncora de um grande navio, não foram significativos o suficiente para causar uma preocupação de segurança com os grossos tubos subaquáticos: “Não há evidências de que o dano que ocorreu seja perigoso. Se o Estado quiser colocar em evidência que a linha leste é insegura, eles não fizeram isso.” Ele disse ainda que a companhia canadense tem todo material para autorizar inicialmente o novo oleoduto com a tecnologia que o público escolher. Estamos prontos para investir para termos uma solução de alta qualidade, como a tecnologia que tecnologia que o público escolher. A companhia canadense apresentou dois projetos e a população local aprovou a tecnologia de lançamento de dutos em túneis da brasileira Liderroll. A Enbridge propõe, como solução a longo prazo para os antigos dutos submarinos da Linha 5, um túnel de US$ 500 milhões sob o fundo do lago Straits of Mackinac, no qual uma única linha de transmissão de óleo e gás de 30 polegadas operaria.
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