PPSA ESPERA POR AUMENTO NA PRODUÇÃO DA PARTILHA EM 2021 E DETALHA OS SEUS PROJETOS PARA O NOVO ANO

O Projeto Perspectivas  abre essa primeira semana do ano de 2021 com as projeções e considerações do diretor-presidente da estatal Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), Eduardo Gerk. A companhia veio de um 2020 desafiador, mas que trouxe bons resultados. A companhia conseguiu concluir praticamente 100% das iniciativas estratégicas originalmente planejadas para o período. Olhando para 2021, a PPSA terminou a adequação de seus recursos humanos, tecnológicos e infraestrutura para trabalhar com os grandes projetos do excedente da cessão onerosa (Búzios, Itapu, Sépia e Atapu). A estatal também está avançando nas negociações entre a Petrobrás e as chinesas CNOOC e CNODC para o fechamento dos Acordos de Coparticipação, de Gestão e de Individualização da Produção da área de Búzios. Gerk projetou ainda “um incremento de atividades exploratórias, nas ações visando ao desenvolvimento da produção e, já neste ano de 2021, um moderado aumento na produção”. Vejamos então quais são as opiniões e expectativas de Eduardo Gerk para este novo ano:

1- Como o senhor e sua empresa enfrentaram os desafios de 2020, com a pandemia apanhando a economia brasileira em pleno voo de subida?

Certamente, a pandemia afetou drasticamente a economia, mudou a rotina de trabalho e, como se sabe, atrasou alguns projetos no segmento de petróleo e gás natural, inclusive no pré-sal. Obviamente, privilegiamos, na PPSA, a segurança da equipe. Por isso, desde março, estamos todos em teletrabalho, o que exigiu um rápido ajuste à nova realidade para seguir desempenhando o nosso papel com eficiência. Para permitir a continuidade do trabalho de forma remota, investimos, entre outras medidas, na contratação, de forma pioneira na América Latina, de uma plataforma de nuvem que fornece armazenamento e processamento de dados com total segurança.

Encerramos o ano com praticamente 100% de cumprimento das iniciativas estratégicas originalmente planejadas.

De fato, concluímos a adequação de nossos recursos humanos, tecnológicos e infraestrutura para trabalhar com os grandes projetos do excedente da cessão onerosa, sejam os já contratados em regime de partilha de produção (Búzios e Itapu), sejam os que o governo federal pretende ofertar ao mercado em 2021 (Sépia e Atapu). Nessa linha, estamos avançando rapidamente nas negociações com a Petrobras, CNOOC e CNODC para o fechamento dos Acordos de Coparticipação, de Gestão e de Individualização da Produção da área de Búzios. Entregamos, também, à ANP, o resultado das negociações com a Petrobras visando ao estabelecimento das participações proporcionais entre os contratos de cessão onerosa e os futuros contratos de partilha de produção nas áreas de Sépia e Atapu.

No que diz respeito às receitas geradas para o Estado brasileiro, até o final de 2020 esperamos arrecadar cerca de R$ 690 milhões com a comercialização do petróleo e gás da União e com acordos financeiros (Equalização de Gastos e Volumes) referentes à participação do Estado nas Jazidas Compartilhadas de Tupi e de Tartaruga Verde Sudoeste.

Outra questão relevante foi a implantação do nosso Programa de Integridade, com a revisão do Código de Conduta e Integridade e da Política Anticorrupção. Enfim, apesar das dificuldades e tristezas oriundas da pandemia, foi um ano de excelentes resultados para a PPSA.

2- Quais são as perspectivas do senhor e de sua empresa para 2021?

Campos em regime de Partilha com gestão da PPSA

Nos últimos dois anos, em função do aumento no número de contratos de partilha de produção e da natural evolução dos projetos, a demanda de trabalho na PPSA cresceu muito. Em 2021, não será diferente. Acabamos de elaborar o planejamento estratégico para 2021-2025, contemplando a previsão de um crescimento significativo de atividades para o próximo quinquênio. Gradativamente, os atuais 17 contratos de partilha de produção vão evoluir para etapas cujas demandas são mais complexas.

Prevemos um incremento de atividades exploratórias, nas ações visando ao desenvolvimento da produção e, já neste ano de 2021, um moderado aumento na produção. Tudo isso exige mais esforços da companhia no que diz respeito, por exemplo, ao monitoramento técnico, ao reconhecimento de custos e à realização das auditorias.

Há, ainda, uma grande expectativa quanto ao novo leilão, em regime de partilha de produção, dos volumes excedentes da cessão onerosa de Sépia e Atapu, que deverá trazer novos contratos de partilha de produção para a nossa gestão.

Recentemente, em nosso 3º Fórum Técnico, apresentamos estimativas de resultados para os próximos dez anos. Espera-se, para a União, uma produção acumulada de cerca de 1 bilhão de barris na década que se inicia. O crescimento da produção já se fará sentir, ainda que levemente, em 2021.

3- Se o senhor fosse consultado, quais as recomendações e sugestões que faria para o governo neste novo ano que está prestes a iniciar?

Políticas públicas são assuntos de governo. Não me cabe recomendá-las. Apenas desejar que 2021 seja um ano mais seguro e de continuidade de investimentos no setor de petróleo e gás natural.