PRÉ-SAL DEVE DEMANDAR MAIS DE 40 PLATAFORMAS NOS PRÓXIMOS ANOS

HOUSTON – Os números do pré-sal correm o mundo chamando a atenção da indústria de petróleo e as previsões continuam assombrando. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard (foto), em palestra na Bratecc Offshore, paralelamente à OTC, disse que a região do pré-sal pode demandar mais de 40 plataformas ao longo dos próximos anos. Magda falou sobre o que aconteceu no Brasil nos últimos anos, sobre o crescimento do mercado e fez estimativas grandiosas para a indústria nacional.

“A Bacia de Campos tem 66 plataformas instaladas, a Bacia de Santos só tem nove. Dá pra ver que tem um espaço muito grande. É uma bacia do mesmo porte da outra, da mesma relevância da outra, então há espaço para pelo menos 40 plataformas”, disse.

A diretora comparou a um grande projeto que a Shell desenvolve no Iraque, no campo terrestre de Majnoon, com a primeira carga de óleo extraída recentemente. Mesmo assim, ela ressaltou que não aconteceu ainda no mundo um projeto bem estruturado com a carga de comprometimento das instituições todas na velocidade que se vê no Brasil, com um cluster tão relevante.

“O primeiro poço exploratório do pré-sal foi em 2006, e em 2014 já estamos com mais de 400 mil barris por dia”, disse, lembrando que a produção saiu de um milhão de barris por dia para dois milhões em 15 anos. “Agora nós vamos de dois para quatro. Dobrar a produção em dez anos é um desafio imenso, muito maior”, disse ela para a audiência de empresários brasileiros e estrangeiros.

Ao reforçar a grande demanda do pré-sal por novas plataformas, a diretora reiterou as previsões, afastando as dúvidas:

“Pode parecer muito, mas a Petrobrás já fala em 27 plataformas em desenvolvimento, então são apenas 13 a mais”, disse.