PREÇO DO ALUMÍNIO SE REFLETE NA QUEDA DE PRODUÇÃO DE LATAS, MAS A PREVISÃO É DE R$ 1 BILHÃO EM INVESTIMENTOS ATÉ 2024
A Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas) apresentou os dados de 2022, com um resultado de vendas 4,7% menor em relação a 2021, após forte ciclo de cinco anos de crescimento contínuo. A queda foi registrada apenas no primeiro trimestre do ano, enquanto nos demais, o setor apresentou crescimento, porém, não o suficiente para compensar o início de 2022. O cenário confirma a perspectiva do segmento de que o ano passado seria de ajustes. Algumas constatações explicam os números, como a questão climática, em um ano em que as temperaturas foram menores que nos anos anteriores; a reabertura de bares e restaurantes, com consumo maior de bebida em vidro; e os eventos mundiais, como a Copa do Mundo e a precoce eliminação do Brasil, além de uma nítida repressão no consumo, ocasionada principalmente pela inflação.
Mesmo assim, ao longo de 2022, o setor continuou com as expansões de novas linhas de produção, mas observou uma readequação do parque fabril, bem como um trabalho de redução de custos em toda a cadeia produtiva, especialmente ocasionado pelo aumento do preço da principal matéria-prima da lata: o alumínio, durante a pandemia. Com isso, os investimentos realizados nos últimos anos e ainda em curso — cerca de US? 1 bilhão — serão concluídos até 2024, com a inauguração de novas unidades fabris e linhas de produção de latas de alumínio para bebidas. O setor está apto e tem plena capacidade para atender uma provável demanda crescente nos próximos anos.
Cátilo Candido, presidente executivo da Abralatas, explicou que a pandemia ocasionou uma verdadeira gangorra no mercado. “Iniciamos o ano de 2022 cientes de que seria um período de ajustes e muitos desafios. Acreditamos no potencial do nosso produto, em um novo ciclo no mercado e estamos preparados para este futuro. A pandemia ocasionou uma verdadeira gangorra no mercado. Iniciamos o ano de 2022 cientes de que seria um período de ajustes e muitos desafios. Acreditamos no potencial do nosso produto, em um novo ciclo no mercado e estamos preparados para este futuro. O diálogo aberto e amplo acerca das pautas ESG e dos elevados índices de reciclagem da lata com diversas camadas da sociedade, foi um dos exemplos de atuação da entidade nos últimos meses.”
O executivo disse ainda que a cerveja continua com um protagonismo muito alto e considera um produto essencial para o setor, porém, vê de forma positiva o crescimento do consumo de diversos outros tipos de bebidas em lata, como energéticos, refrigerantes, drinks, vinhos, uísque, café e água, acompanhando as novidades e trazendo o que há de mais moderno para o Brasil, sempre com foco na qualidade e na sustentabilidade. “Os resultados de 2022 nos mostram que, mesmo em meio a um contexto adverso, temos a resiliência e a coragem de continuar investindo e ressignificar nossa atuação. Vimos que o setor se reinventa e se supera, mostrando que a latinha continua no caminho certo, conquistando cada vez mais os consumidores brasileiros“, concluiu.
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