PRÍNCIPE BIN SALMAN AUTORIZA NOVAS PRISÕES DE JUÍZES, MILITARES E FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO SAUDITA POR CORRUPÇÃO
O Príncipe da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman(foto), deflagrou a sua segunda fase de combate a corrupção dentro do país. Desde domingo (15) que a guarda real está efetivando prisões. Quase 300 funcionários do governo já foram detidos, incluindo militares e oficiais de segurança. Um órgão anticorrupção conhecido como Nazaha está fazendo o indiciamento das autoridades sob acusação de crimes como suborno, peculato, exploração de cargos públicos e abuso de poder, envolvendo um total de 379 milhões de riais (R$ 510 milhões). Entre os envolvidos estão oito oficiais do Ministério da Defesa suspeitos de suborno e lavagem de dinheiro em relação a contratos governamentais entre os anos de 2005 e 2015, além de 29 funcionários do Ministério do Interior da Província Oriental, incluindo três coronéis, um general principal e um general brigadeiro.
Dois juízes também foram detidos porque teriam recebido propina, assim como nove funcionários acusados de corrupção na Universidade AlMaarefa, em Riad. Para Lembrar, na primeira grande operação contra a corrupção na Arábia Saudita, em 2017, dezenas de figuras da elite política foram presas. Inclusive parentes do Principe Bin Salman. Na época os detidos estavam no hotel Ritz-Carlton, em Riade, em uma operação anticorrupção que chocou investidores estrangeiros. Na época foram presos 11 príncipes e dezenas de ministros e antigos secretários de Estado, em uma ação sem precedentes, na qual o príncipe herdeiro consolidou seu poder. Foram ainda destituídos o chefe da Guarda Nacional, o chefe da Marinha e o ministro da Economia. As prisões daquele ano ocorreram logo após a emissão de um decreto real para criar uma comissão anticorrupção liderada pelo príncipe herdeiro.
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