PRIO E BRAVA ENERGIA DÃO NOVOS PASSOS EM CORRIDA POR DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVOS
As duas maiores petroleiras independentes do Brasil, a PRIO e a Brava Energia, estão fazendo novos movimentos para ampliar seus portfólios de ativos. Ambas as companhias acabaram de avançar nesse sentido, recebendo o aval do Conselho de Administração de Defesa Econômica (CADE) para adquirirem novas áreas offshore.
No caso da PRIO, o CADE aprovou a entrada da empresa no consórcio que opera os blocos BM-C-7 e BM-C-47, na Bacia de Campos, onde está localizado o campo de Peregrino. A petroleira adquiriu 40% de participação da Sinochem nesses ativos. A transação, anunciada no final do mês passado, foi fechada por US$ 1,915 bilhão, sendo US$ 191,5 milhões pagos na assinatura do contrato, e o restante na conclusão da operação. O campo de Peregrino é operado pela Equinor, que detém 60% de participação.
Descoberto em 1994, o campo está localizado a 85 quilômetros da costa e a 28 quilômetros do Cluster Polvo e Tubarão Martelo, outro ativo importante da PRIO. A produção é realizada por meio do FPSO Peregrino, com capacidade de processar 110 mil barris de petróleo por dia. O campo conta com três plataformas fixas (Peregrino A, B e C), responsáveis pela ligação e conclusão dos poços, além de sondas que realizam perfurações e intervenções.
Atualmente, Peregrino está em sua segunda fase de desenvolvimento, que incluiu a instalação da plataforma Peregrino C e a perfuração de novos poços conectados às plataformas A e C. A produção atual gira em torno de 88 mil barris por dia, com 26 poços produtores e seis injetores.
Enquanto isso, a Brava Energia está focada em ativos na Bacia de Sergipe-Alagoas. O CADE aprovou nesta semana a cessão de 50% das ações da ExxonMobil em oito blocos na bacia para a Brava, além da cessão de 20% da participação da Murphy nesses ativos. Com isso, a Brava Energia, que já possuía 30% de participação nos blocos, passará a controlar 100% dos ativos.
Os blocos autorizados pelo CADE são: SEAL-M-351, SEAL-M-428, SEAL-M-430, SEAL-M-501, SEAL-M-503, SEAL-M-505, SEAL-M-573 e SEAL-M-575. Esses ativos foram adquiridos nas 13ª, 14ª e 15ª rodadas de licitação e nos ciclos de Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Até o momento, apenas um poço foi perfurado nesses blocos. A ExxonMobil, então operadora, concluiu a perfuração e avaliação final do poço exploratório no bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), denominado 1-EMEB-3-SES, sem identificação de hidrocarbonetos.
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