PUNIÇÃO DE EMPREITEIRAS PELA CGU PODE AFETAR O MERCADO BRASILEIRO E AUMENTAR DEMISSÕES

andradeA economia brasileira pode ter sua crise agravada com a derrocada que vem sido vivenciada pelas empreiteiras, atingidas como tantas empresas ao longo dos meses de Operação Lava-Jato. Envolvidas em grandes esquemas de fraudes contratuais junto à Petrobrás, algumas das maiores construtoras do país agora têm pela frente o risco de serem declaras inidôneas pela Controladoria-Geral da União (CGU), o que as impediria de firmar novos empreendimentos com o governo e, consequentemente, levaria a mais demissões no setor. As companhias que podem ser punidas em breve são  Odebrecht, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior, que deverão receber um parecer do órgão ao longo dos próximos três meses. Diante das sujeiras evidenciadas com a investigação dentro da estatal, não faltam provas e indícios que culpabilizem as empreiteiras por ilegalidades; as consequências da limpeza feita pela Lava-Jato, no entanto, podem intensificar ainda mais a situação ruim do mercado brasileiro e elevar os índices já crescentes de desemprego no país.

Caso venham a ser declaradas inidôneas, essas empresas deixarão de elaborar novas obras junto à administração pública e colocarão na gaveta projetos que viriam gerar milhares de empregos no setor de construção civil. A situação não é fácil e as saídas são poucas. Para evitar que isso ocorra, as construtoras teriam que firmar acordos de leniência, processo por meio do qual elas forneceriam informações em troca de benefícios, entre os quais estaria a permissão para fechar contratos com o governo.

As três empreiteiras, no entanto, ainda não se movimentaram no sentido de fechar tais acordos. A análise do CGU, por sua vez, já se encontra em fase avançada, trazendo fortes indícios de esquemas ilícitos praticados nos últimos anos. A punição da controladoria pode atingir em cheio as companhias e os seus investimentos no Brasil, trazendo resultados que se repetem a todo momento no mercado: menores investimentos levando empresas a reduzir gastos, e, por consequência, a cortar empregos.

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