QGEP REGISTRA PREJUÍZO DE R$ 159,4 MILHÕES NO QUARTO TRIMESTRE E FECHA 2015 COM QUEDA DE 52% NAS RECEITAS
Com o encolhimento do mercado de petróleo e das demandas na indústria brasileira, 2015 não poupou vítimas. As perdas vêm sendo aferidas e o resultado não foi diferente para a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), que registrou um prejuízo total de R$ 159,4 milhões em suas operações no quarto trimestre e viu suas receitas despencarem ao longo do ano. A queda foi de 52%, saindo de R$ 194,8 milhões no acumulado de 2014 para R$ 93,6 milhões no ano passado.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (10), revela o forte impacto da crise sobre as finanças da empresa, que obteve saldo negativo em 2015 após registrar um lucro líquido de R$ 66,2 milhões no ano anterior. Afetada por uma redução na sua produção de gás natural, a receita líquida no ano apresentou queda de 1,4%, somando R$ 496,2 milhões.
Segundo comunicado emitido pela companhia, o prejuízo obtido no quarto trimestre foi decorrente da devolução do bloco BM-J-2, situado na Bacia de Jequitinhonha, na Bahia. A medida foi anunciada em dezembro, após a empresa constatar “baixa qualidade dos reservatórios e volumes antieconômicos, além dos desafios ambientais para as operações na área”.
O Ebitdax – medida que compreende o Ebitda e despesas exploratórias com poços secos ou subcomerciais – foi de R$ 61,3 milhões no último trimestre do ano, o que representou redução de 13,7% frente ao resultado do quarto trimestre do ano anterior. Os últimos meses do ano, no entanto, apresentaram uma ampliação na receita líquida, que subiu 8,1% na comparação com o mesmo período de 2014 e chegou à marca de R$ 133,5 milhões.
Apesar do cenário de perdas, o mercado vem sinalizando positivamente para a QGEP, liderada pelo presidente Lincoln Guardado (foto). A empresa foi a única a arrematar blocos na Bacia de Sergipe-Alagoas durante a 13ª Rodada de Licitações realizada em outubro, e conta com perspectivas otimistas para sua produção no mercado brasileiro. Em dezembro, a companhia recebeu do IBAMA a licença para implantar o sistema de produção antecipada do campo de Atlanta, na Bacia de Santos, que está previsto para iniciar suas atividades no final deste ano.
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