RADIX AMPLIA PRESENÇA NA OTC E BUSCA AUMENTAR PARTICIPAÇÃO NO MERCADO AMERICANO
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
A Radix abriu um escritório em Houston, nos Estados Unidos, em 2013, e vem buscando ampliar sua participação no mercado americano, como uma das alternativas ao momento de desaceleração da economia brasileira. A companhia já está envolvida em cinco projetos por lá, com empresas como a Exxon Mobil e a Nalco Champion, e pretende aproveitar a Offshore Technology Conference (OTC), de 4 a 7 de maio, para investir no aumento da base de clientes internacionais. O presidente da Radix, Luiz Eduardo Rubião, conta que decidiram montar dois estandes na feira este ano, sendo um no Pavilhão Brasil, voltado ao mercado nacional, e outro, maior, no Reliant Arena, representando a filial americana da companhia, com o intuito de fomentar novos negócios na indústria dos Estados Unidos. Ele revela que já tem uma série de reuniões marcadas com empresas estrangeiras e continua otimista para o ano de 2015, quando espera atingir um crescimento de 40% no faturamento, mesmo no momento de crise. Para isso, as apostas têm sido voltadas à internacionalização, para os EUA, e à diversificação, para áreas como defesa e entretenimento.
Como será a participação da empresa na OTC 2015?
Vai ser diferente dos outros anos. Desta vez vamos ter um pequeno estande no Pavilhão Brasil, apresentando as atividades da Radix Brasil, e outro no Reliant Arena, voltado à Radix US, que abrimos há cerca de um ano e meio. A ideia é que o primeiro seja mais para ficar de olho nas possíveis oportunidades envolvendo o mercado brasileiro, ter uma proximidade com outras empresas que podem se tornar contratantes aqui, como a própria Petrobrás, e estar aberto a qualquer oportunidade focada no Brasil. O outro vai ter uma proposta diferente, para falar sobre os trabalhos que estamos vendendo no mercado americano, com a participação do nosso pessoal lá e de algumas pessoas da Radix Brasil.
Quais serviços a Radix está fornecendo lá?
Por enquanto, são serviços mais ligados à tecnologia da informação industrial, monitoramento de equipamentos, gerenciamento de ativos e painéis de controle para gestão de informação.
Já fecharam contratos no mercado americano?
Já, já. Temos contratos em andamento com a Exxon e com a Nalco, tanto para upstream quanto para downstream, mas não podemos dar detalhes. Hoje já estamos trabalhando em cinco projetos lá, e a ideia é ampliar não só o número de projetos, mas também a base de clientes.
A empresa tem alguma reunião marcada para os dias de evento?
Temos várias. Principalmente com as operadoras, como a Chevron e a Shell, por exemplo, além de algumas empresas americanas. Elas são presentes nos dois mercados, brasileiro e americano, sendo que a Chevron já é nossa cliente no Brasil e também já fizemos trabalhos para a Shell aqui. Então queremos nos aproximar um pouco mais dessas empresas.
Como estão vendo o ambiente de negócios na indústria de petróleo em 2015?
No momento, estamos numa época que considero difícil. O mercado mundial tem a questão do preço do barril, e, no Brasil, essa desaceleração por conta do momento da Petrobrás. Mas acredito que as duas questões são temporárias. Tanto o barril vai subir quanto a Petrobrás vai retomar o ritmo de execução de projetos, como já parece estar começando a acontecer.
Mas a Radix tem buscado diversificar os negócios?
Há algum tempo estamos num processo grande de diversificação, tanto indo para o exterior, quanto buscando outros ramos industriais, para procurar novos negócios. Recentemente, por exemplo, participamos de uma feira de defesa, a LAAD, no Rio de Janeiro, e vamos participar agora de um congresso brasileiro de higienistas de alimentos, em Búzios. Não estamos concentrados mais apenas em óleo e gás, porque há uns dois ou três anos percebemos que esse movimento era necessário, abrindo outras frentes.
A ida à OTC com dois estandes faz parte de um plano maior de internacionalização neste momento de poucas oportunidades no Brasil?
É um plano já em andamento. Estamos com esse plano há pelo menos dois anos e meio. Montamos a empresa lá nos Estados Unidos no fim de 2013. Quando vimos que a situação estava mudando um pouco aqui, estudamos as possiblidades, vimos que tinha sentido, prospectamos negócios, abrimos a empresa, e estamos avançando. Inclusive já colhemos os primeiros frutos. Agora é um segundo momento do processo.
Acredito que seja mais difícil para fazer isso agora. Procuramos fazer quando a situação não estava ruim ainda e realmente valeu a pena.
O objetivo é focar em óleo e gás lá ou também vão buscar outros mercados? Outros países também estão nos planos?
A ideia não é ficar só em óleo e gás por lá. Vamos aproveitar essa ida para visitar outros potenciais clientes, além dos de óleo e gás, como empresas da indústria de entretenimento e de defesa. Com relação a outros países, temos recebido contatos de consulados de alguns outros interessados, sabendo do nosso movimento nos Estados Unidos, mas precisamos nos concentrar nesse primeiro processo antes de partir para outro.
Quais as expectativas com a feira este ano?
Já me daria por satisfeito se conseguíssemos dar um bom passo adiante com nosso projeto lá dentro dos Estados Unidos. Em relação ao Brasil, estamos indo, não pessimistas, mas sabendo que é um momento difícil. Temos que tentar reverter isso de alguma maneira, mas, se conseguirmos um bom resultado na Radix US, já vai ter valido muito a pena.
O que seria um bom resultado para a Radix US?
Qualquer coisa que a gente consiga avançar com novos clientes. O foco maior agora não é um novo projeto dos atuais clientes – o que também é importante –, mas sim ampliar a base de clientes. Qualquer coisa que a gente consiga nessa direção vai ser um bom resultado. Fazer novos contatos e abrir novas oportunidades para a gente poder discutir, caminhando nessa direção.
Como foi o ano de 2014 para a Radix?
Não foi um ano ruim. Foi difícil, mas tivemos um bom faturamento, com crescimento de quase 40% em relação a 2013. O faturamento foi da ordem de R$ 50 milhões e estamos esperando chegar a R$ 70 milhões esse ano. Nos EUA, onde completamos nosso primeiro ano inteiro, fechamos com um faturamento de R$ 1,5 milhão. Queria lembrar que também vamos participar da OTC Brasil este ano.
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