RADIX EXPANDE ATUAÇÃO INTERNACIONAL E AMPLIA FOCO PARA A ÁREA SUBSEA | Petronotícias




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RADIX EXPANDE ATUAÇÃO INTERNACIONAL E AMPLIA FOCO PARA A ÁREA SUBSEA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Flavio Guimaraes, da RadixA diversificação de negócios e a expansão geográfica foi o caminho trilhado pela Radix para enfrentar o novo momento do setor de óleo e gás no Brasil e no mundo, afetado pelo menor preço do barril de petróleo. A companhia está observando novas oportunidades no segmento de pipeline e também negocia um contrato com uma empresa petrolífera com foco em áreas como engenharia e automação. Para o diretor da Radix nos EUA, Flavio Guimarães, o novo comportamento dos clientes – que agora buscam maior eficiência – gerou uma oportunidade para a empresa no desenvolvimento de novas práticas. “A gente entende que, nesse momento, se a empresa consegue diversificar numa fase difícil e criar capacitações que não tinha antes, é porque estaremos muito mais preparados na hora da retomada”, comentou o executivo. Guimarães disse ainda que a empresa também está caminhando para uma maior participação no setor de subsea, com contratos relacionados à simulação de poços e ao aumento de produtividade de poços, por exemplo.

Quais são os principais projetos da Radix?

O momento está bem desafiador para nós. Não só no Brasil, mas nos Estados Unidos também. Essa questão do preço do óleo mundial está afetando especialmente as indústrias de serviço. Aqui mesmo em Houston, as empresas estão liberando muita gente e o nossos tradicionais clientes, que são as operadoras, como a Exxon, Chevron e a Shell, estão decidindo fazer muita coisa internamente. Como eles têm uma força de trabalho muito grande, estas empresas estão internalizando muitos projetos. O desafio tem sido você mostrar uma diferenciação, para que eles busquem estas soluções no mercado. 

E como a empresa está fazendo isso?

Nosso ponto forte aqui nos Estados Unidos é a capacidade de combinar o conhecimento de engenharia de processo com a parte de tecnologia. Aqui tem muita empresa boa de engenharia, muita empresa boa de automação e muita empresa boa de software. Porém, é difícil você encontrar alguma que combine estas três áreas. Essa é nossa diferenciação, porque, muitas vezes, os clientes precisam de alguém que entenda do negócio dele de forma integrada. As empresas precisam, por exemplo, automatizar ou desenvolver um sistema. Então, é muito nessa área que temos atuado, nessa combinação de processo com TI. A gente está vendo oportunidades novas de mercado na parte de pipeline. Reforçamos nossa equipe aqui nos EUA, contratamos um vice-presidente de engenharia que veio da TransCanada. Contratamos também um gerente de automação, para focar nesse setor de pipeline e de estação de compressão.

Quando começou este novo momento e em que passo está agora?

Começou no início do ano. A gente está fechando um contrato geral de serviços com uma empresa que ainda não posso revelar o nome. Estamos negociando os termos de condições e o preço de engenharia. E eles poderão contratar a gente para qualquer tipo de serviço, tanto na área de engenharia quanto na de automação. Serão pelo menos dois anos de contrato. 

Quais são os principais projetos da empresa no Brasil?

No Brasil, estamos trabalhando em projetos de Libra, no pré-sal. Estamos atuando muito com os fornecedores de tecnologia, oferecendo engenharia e oil engineering, ajudando no gerenciamento da construção dos módulos, não só no Brasil, mas no exterior também. Nós também estamos investindo na parte de melhorar a performance das plantas existentes. Temos alguns contratos com a Petrobrás e com a Chevron. 

O fator crise e a indústria em busca de maior eficiência geraram uma nova demanda para algumas áreas da empresa?

Mais do que demanda, gerou o desenvolvimento de novas práticas, como eficiência energética, a parte de automação e de gerenciamento de alarmes. A gente tem feito muita coisa para ativos existentes. Nossos grandes projetos antes eram para plataformas novas. Agora, estamos com contratos com as principais operadoras do Brasil para redução de custo operacional. Na verdade, antigamente você conseguia manter uma unidade em operação com uma performance menor. Isto significa que você não precisava otimizar o processo. Hoje, é necessário o trabalho otimizado. Por exemplo, nós desenvolvemos para um dos nossos clientes um sistema de gerenciamento dos dados de processo. E dentro deste sistema, nós fizemos um gerenciamento do uso de químicos na plataforma. Com algumas semanas de uso, este cliente conseguiu economizar 5% do uso de químicos na plataforma. Nós temos também ajudado clientes no desenvolvimento de soluções para melhorar a qualidade de relacionamento deles com seus próprios clientes. São soluções que usam a Internet das Coisas. São ferramentas com as quais você consegue interagir melhor com seus clientes e fazer gestão dos ativos deles. No final das contas, você está melhorando performance. Hoje em dia, melhorar a qualidade do serviço e a qualidade do relacionamento com o cliente são coisas que as empresas estão precisando. 

Além destas novas vertentes, que outras áreas você estão buscando no Brasil e no exterior?

A Radix sempre foi muito reconhecida pelo expertise na parte de topside. Tanto na parte de projeto quanto na parte de operação. Mas no que nós estamos ajudando mais nossos clientes agora é no segmento subsea. A gente tem trabalhado com a parte de simulação de poços, aumento de produtividade de poços e de flow assurance. Nós temos feito também vários módulos, onde além de fazer a engenharia, nós abrangemos também todo o ciclo, até a construção. Hoje em dia, temos gente da Radix dando suporte em construções na China, Singapura e Indonésia. Nós temos um bom relacionamento com empresas como a GE e a Aker. Eles entregam o módulo para a plataforma e nós damos todo o suporte, fazendo a engenharia e supervisionando a construção. Isso mostra nossa capacidade de atuação global. E esta presença mundial dá essa segurança para empresas mundo afora. É uma forma que estamos buscando para diversificar, tanto em termos de negócios, quanto geograficamente.

Vocês estão encontrando resposta do mercado nesta nova perspectiva, com projetos voltados para subsea?

O mercado não está aquecido, mas, com o que temos dentro dele hoje, estamos encontrando.

Quais são as perspectivas com essa nova fase de ampliação geográfica?

A gente espera que, no curto e no médio prazo, a retomada vai acontecer. A mensagem dos clientes é: eles querem que estejamos preparados para essa retomada, que na visão deles acontecerá logo. Nós diversificamos até como uma questão de sobrevivência. Mas a gente entende que, nesse momento, se a empresa consegue diversificar numa fase difícil e criar capacitações que não tinha antes, é porque estaremos muito mais preparados na hora da retomada. Os clientes veem isso com bom olhos. Eles percebem como estamos nos preparando, criando novas capacitações, nos posicionando em outros lugares do mundo. E com a quantidade de campos com potencial no Brasil, a Radix tem um papel importante neste cenário.

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