PETROBRÁS REGISTRA PREJUÍZO DE R$ 1,25 BILHÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE

alx_aldemir-bendine-20150428-01_originalÀs vésperas da chegada de uma nova gestão, a Petrobrás sofre com mais um saldo negativo. A estatal anunciou nesta quinta-feira (12) um prejuízo de R$ 1,25 bilhão relativo ao primeiro trimestre de 2016, em resultado afetado pelo aumento nas despesas, variações monetárias e queda produtiva ao longo dos últimos meses. Embora reduza drasticamente as perdas de R$ 36,9 bilhões registradas no quarto trimestre, o balanço inverte o lucro de R$ 5,33 bilhões obtido no mesmo período do ano passado.

Com o novo resultado, a gestão de Aldemir Bendine (foto) atinge seu terceiro trimestre seguido de prejuízos. O cenário de crise afetou as vendas de derivados no país com queda de 8%, assim como uma redução de 7% na produção de petróleo e gás natural. No total, a empresa arcou com R$ 9,579 bilhões em gastos com juros cambiais.

O resultado negativo, no entanto, não se refletiu no endividamento líquido da Petrobrás, que reduziu seus compromissos de R$ 391,9 bilhões para R$ 369,4 bilhões. A melhora foi influenciada pelo avanço no programa de venda de ativos e por um aumento de 14% nas exportações do trimestre, que compensou a diminuição de 8% nas vendas do mercado doméstico.

Alvo das piores previsões que vinham sendo feitas pelo mercado, as receitas de vendas da estatal tiveram uma queda de 17% na comparação com o trimestre anterior. De acordo com a empresa, “também contribuíram para a menor receita de vendas o decréscimo nos preços das exportações de petróleo e derivados, o menor volume vendido de gás natural, a redução da geração de energia – devido à menor demanda do setor termelétrico – além do recuo nos preços de energia elétrica”.

Os investimentos da Petrobrás se mantiveram em baixa e caíram 13% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, fechando o trimestre na marca de R$ 15,6 bilhões. Atualmente no foco das atenções do governo, o segmento de E&P concentrou 88% dos novos aportes.

O lucro operacional da empresa somou R$ 8,1 bilhões no período, concretizando uma redução de 37% na comparação anual. De acordo com a estatal, o valor foi influenciado por maiores gastos com ociosidade de equipamentos e sondas, além do impairment nos campos de Bijupirá e Salema. Como um todo, o resultado financeiro foi negativo em R$ 8,7 bilhões, com um aumento de R$ 3,1 bilhões nas despesas frente ao registrado no primeiro trimestre do ano passado.

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