RAÍZEN ESTÁ INVESTINDO NO USO DE GÁS EM SUA FROTA AGRÍCOLA E CONSTRÓI UMA PLANTA DE BIOMETANO PARA SUPORTE AO PROJETO

CAMINHÃOA Raízen está investindo no uso de GNV nas frotas agrícolas, como um primeiro passo para utilização de biometano nas operações. Recentemente, a companhia aplicou dois projetos-piloto nos Parques de Bioenergia Araraquara e Paraíso, no interior de São Paulo, nas operações de transporte de cana-de-açúcar e apoio. A solução, que contribui com as metas da companhia de reduzir a intensidade de carbono de suas operações, chega como mais uma alternativa da empresa, que utiliza a cana como matéria-prima em diversos processos produtivos, como na produção de etanol de segunda geração (E2G) e de bioenergia a partir de bagaço. Durante os testes, foi criada uma estrutura para abastecer os caminhões a GNV, independente de sua localidade. Para isso, a companhia desenvolveu um kit gás veicular, que faz a conversão dos motores à diesel para GNV. O kit envolve um redutor de pressão, filtro, sensor de pressão, fluxo e temperatura do combustível, bicos injetores e o cilindro de armazenamento do gás. O GNV foi utilizado no abastecimento de dois caminhões híbridos (testados no Bioparque Araraquara) e um 100% gás (testado no Bioparque Paraíso). No comparativo, para os caminhões híbridos obteve-se substituição de diesel por gás em média de 30%, sem nenhuma perda de performance.

Ricardo Lopes, diretor Agrícola da Raízen, diz  que “Estamos comprometidos com o crescimento sustentável dos negócios, e o biometano é uma grandeBIOGASA aposta para o futuro, com potencial para substituir o diesel e a gasolina. Os biocombustíveis se destacam no mercado de renováveis dado sua viabilidade econômica e ambiental, e entendemos que temos um papel fundamental nesse processo de transição energética.” Para a safra 2023/24, a expectativa da companhia é estudar a expansão do projeto de conversão a gás de caminhões em um primeiro Bioparque. O local será escolhido estrategicamente, acompanhando a instalação de novas unidades produtoras de biometano. Recentemente, a Raízen utilizou um caminhão a GNV para transportar o maior equipamento de sua nova planta de E2G, que está sendo construída em Guariba, interior de São Paulo. O reator de pré-tratamento, que possui 13 metros de comprimento e pesa aproximadamente 55 toneladas, percorreu 204 km de Piracicaba à Guariba. Em abril deste ano, a companhia anunciou a construção de sua primeira planta dedicada à produção de biometano. Ao todo, a empresa investirá cerca de R? 300 milhões na unidade, que será instalada anexa ao Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba, onde ela já opera a planta de E2G. O empreendimento terá capacidade de produção de 26 milhões de metros cúbicos do gás natural renovável por ano. A inauguração está prevista para 2023. A instalação de novas plantas de biogás e biometano faz parte do plano de expansão da companhia, que prevê robusto crescimento até 2030.

Com o anúncio da segunda planta, a Raízen produzirá biogás e biometano o ano inteiro a partir do reaproveitamento de resíduos como vinhaça e torta de filtro. Segundo Lopes, todos esses movimentos reforçam o papel da empresa como uma das pioneiras no uso de resíduos para a produção de energia renovável em escala comercial. “Utilizamos a economia circular como uma ferramenta para fazer mais com menos, com isso, garantimos a otimização de recursos naturais. Nosso trabalho começa na base, no campo, mas buscaremos continuamente a geração de valor e perenidade do negócio por meio de novas soluções“, conclui. Até 2030, a Raízen possui a meta de aumentar em 80% a produção de energia renovável.

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