REABERTURA DO MERCADO IRANIANO DE PETRÓLEO ATRAI GRANDES EMPRESAS ESTRANGEIRAS
As sanções internacionais impostas ao Irã fizeram o país diminuir seus níveis de produção de petróleo, mas esse cenário está próximo de terminar. Na última terça-feira (1), foi lançado o Contrato de Petróleo do Irã (CPI), uma nova legislação que busca atrair investimentos estrangeiros na casa de US$ 30 bilhões.
A proposta feita às grandes companhias do setor agradou aos representantes internacionais, de acordo com o diretor de assuntos internacionais da estatal iraniana de petróleo (NIOC), Mohsen Qamsari (foto).
A produção do Irã pode aumentar em até 730 mil barris por dia, de acordo com uma previsão emitida pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) em agosto. O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, afirmou que o país pretende aumentar em pelos menos 500 mil bpd com a retirada das sanções e um milhão de bpd ao longo dos meses seguintes.
Os modelos de contrato foram apresentados para as petroleiras durante o primeiro dia de uma conferência na qual estão presentes representantes das maiores petroleiras do mundo. A programação conta com uma explanação do quadro jurídico montado no país para receber investimentos no setor de óleo e gás.
O interesse do mercado por explorar o mercado iraniano não é nenhuma novidade, já que o país comporta 10% das reservas comprovadas de petróleo do planeta, além das quase 20% das reservas de gás natural existentes. Entre os players mais ativos nas negociações pré-acordo nuclear estavam a italiana Eni, a francesa Total, a anglo-holandesa Sheel, a Russa Lukoil e a espanhola Repsol.
As petroleiras asiátias – de países como China, Coréia e Índia – nunca saíram do mercado iraniano de petróleo e pretendem aumentar ainda mais sua participação com o fim das sanções. O mercado asiático, inclusive, é prioridade para os iranianos, de acordo com Qamsari, em declaração feita em julho deste ano.
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