REESTRUTURAÇÃO DA SETE BRASIL PODE LEVAR A PREJUÍZOS DE US$ 2 BILHÕES

O processo de reestruturação da Sete Brasil poderá gerar perdas de até US$ 2 bilhões para acionistas, conforme projeto aprovado em assembleia da empresa nesta semana. O plano, embasado no corte de gastos, prevê redução da encomenda de sondas de 29 para até 13 unidades.

A ocorrência de prejuízo se deve em grande parte ao pagamento antecipado da empresa aos estaleiros contratados. A Sete Brasil adiantou várias parcelas, como, por exemplo, para compra de insumos e materiais utilizados na construção de sondas. Entre essas, algumas sequer serão levadas adiante.

Essas unidades, adquiridas para uso no pré-sal, serão construídas em cinco estaleiros, mas ainda não está definida a quantidade relativa a cada um.

O presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro (foto), confirma as intenções de corte de custos e de reestruturação ampla da empresa. “Temos a ideia básica do plano e suas premissas. E agora temos que botar isso de pé. Temos diversas alternativas que vão depender das negociações com os envolvidos, como estaleiros, Petrobrás, operadoras, acionistas e credores”, afirmou Carneiro. “O plano será concluído no início de julho e contempla aporte de capital dos participantes. Pode ter novos acionistas. O BNDES não descarta se juntar ao projeto”, ressaltou ainda o presidente.