RELATÓRIO APONTA FORTE QUEDA EM CONFIANÇA PARA INVESTIR NO SETOR DE ÓLEO E GÁS BRASILEIRO

O relatório “Um Ato de Equilíbrio: Perspectivas para a indústria de óleo e gás em 2015”, publicado pela consultoria técnica DNV GL, voltada para a indústria de petróleo e gás, aponta uma queda brusca na confiança nas perspectivas para investimentos neste setor brasileiro. De outubro do último ano para hoje, os números caíram de 65% para 29%. A principal razão é o rápido declínio no preço do petróleo, segundo o estudo. Em um ranking de países apontados como destinos preferidos para investimentos no setor, o Brasil perdeu seu posto de vice, ficando em quarto lugar, atrás de EUA, China e Noruega.

“Com tantas incertezas, é natural que a alta atividade no Brasil e na região como um todo esteja mais lenta. Até recentemente, as grandes empresas de E&P apostaram no crescimento do setor e potencializaram os negócios. O controle de custos e a eficiência foram alvos de menos atenção. Agora os líderes da indústria enfrentam um equilíbrio difícil – a pressão para encontrar e acessar novas reservas de hidrocarbonetos não desapareceu, apesar de um recente aumento da oferta”, afirmou o gerente regional da divisão de óleo e gás da DNV GL na América do Sul, Alex Imperial (foto).

Os riscos financeiros, no entanto, vem se intensificando com os preços em queda, segundo Imperial, uma vez que esses ambientes trazem maior complexidade e normalmente exigem tecnologias muito caras. “É importante que a indústria continue a aperfeiçoar profissionais qualificados e a investir em pesquisa e inovação a fim de desenvolver áreas como os campos do pré-sal no Brasil. Se pararmos este processo, seremos prejudicados nas próximas etapas. Precisamos usar esta retração para nos tornarmos mais eficientes “, concluiu.

O relatório foi elaborado com base em uma pesquisa global com mais de 360 executivos e profissionais do setor, realizada em janeiro deste ano. O relatório também inclui 18 entrevistas abrangentes com uma gama de especialistas, empresários e analistas.