ONU DEFENDE FIM DE SUBSÍDIOS A COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS ATÉ 2100
Em evento em Copenhague (Dinamarca), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o diretor do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), Rajendra Pachauri, divulgaram um novo relatório da ONU sobre o impacto danoso das ações humanas no clima do planeta. A principal ação proposta pelo secretário-geral da ONU é o fim do uso sem restrições de combustíveis fósseis até o ano de 2100. O estudo levantou que mais de US$ 600 bilhões são gastos por ano em subsídios ao consumo de carvão, enquanto apenas US$ 400 bilhões são investidos no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e políticas de redução de emissão anualmente.
Além disso, estabelecer o crescimento da participação de combustíveis renováveis em até 80% do setor de energia até a metade deste século é uma meta a ser traçada. A concentração de gases-estufa na atmosfera é a maior dos últimos 800 mil anos, apontou o documento.
De acordo com Pachauri, essas mudanças podem se tornar irreversíveis, mas “ainda há meios para limitá-las”. Para Ban Ki-Moon, o relatório aborda três pontos principais: a crescente e clara influência humana no clima; a necessidade de ação rápida e decisiva; e a existência de meios viáveis para amenizar esse problema.
O relatório, assim como as medidas a ser tomadas por cada país (descritas pelo relatório como acessíveis), deve ser a base da 20ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Lima, no Peru, no final de 2014.
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