RENAN CALHEIROS REJEITA ANULAÇÃO E MANTÉM RITO DO IMPEACHMENT NO SENADO
O cenário político em Brasília segue se alternando em idas e vindas, sem horizonte claro. Após o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), anunciar a hoje a anulação da votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado Renan Calheiros (foto) afirmou nesta tarde que dará continuidade ao rito, previsto para ser votado pelos senadores da Casa nesta quarta-feira (11). A decisão, que contesta a legalidade da atitude de Maranhão, foi tomada após reunião com líderes dos partidos no Senado.
Em seu discurso no plenário, Calheiros chamou a decisão do presidente da Câmara de “absolutamente intempestiva”, afirmando que, conforme apontou o Supremo Tribunal Federal (STF), caberá aos senadores avaliar se o processo deverá ter ou não continuidade.
De acordo com o parlamentar, o cronograma do impeachment seguirá o trâmite previsto no Senado. Na última sexta-feira (6), a comissão especial criada para analisar o caso aprovou parecer favorável ao processo, que será então aberto esta semana. Caso haja aprovação por maioria simples, a presidente Dilma Rousseff deverá ser afastada do cargo por até 180 dias.
A decisão de anulação, tomada nesta manhã por Maranhão, foi baseada em irregularidades que teriam sido cometidas ao longo do processo de votação do impeachment na Câmara, liderado então por Eduardo Cunha. Segundo o parlamentar, os partidos não poderiam ter fechado questão ou firmado orientação para que os deputados votassem de um jeito ou de outro, mas que deveriam ter votado de acordo com suas convicções pessoais.
Além disso, os deputados não poderiam ter anunciado previamente seus votos, o que segundo Maranhão caracteriza “prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa”. Segundo ele, houve também desrespeito ao direito da defesa da presidente Dilma de falar por último na sessão, o que não aconteceu.
Saiu Eduardo Cunha e entrou Waldir Maranhão. Esse nós começamos a conhecer. Mas se ele for afastado, é bom pensar bem, porque o seu substituto natural, o segundo Vice-Presidente da Câmara, é o deputado Fernando Lucio Giacobo, do PL do Paraná. Homem de 35 anos com uma biografia interessante. Em junho de 1977 ele foi sorteado 12 vezes num período de 14 dias em loterias da Caixa Econômica. A explicação dele foi simples: “Deus ajudou “. Esse dá sorte em sorteios.
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