ROLLS ROYCE LIDERA INICIATIVA PARA SE CONSTRUIR 16 REATORES NUCLEARES MODULARES NO REINO UNIDO

Um consórcio liderado pela Rolls-Royce anunciou planos para construir até 16 reatores nucleares modulares no Reino Unido. O planejamento prevê a criação de seis mil novos empregos em Midlands e no norte da Inglaterra nos próximos cinco anos. O primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson está prestes a anunciar pelo menos £ 200 milhões para o projeto como parte de um plano verde há muito adiado para a recuperação econômica. A Rolls-Royce  diz que  além de produzir eletricidade de baixo carbono, o conceito pode se tornar uma indústria de exportação. O grupo de  reator modular pequeno (SMR) da empresa,  inclui o Laboratório Nuclear Nacional e a construtora Laing O’Rourke. No ano passado, ele recebeu £ 18 milhões para iniciar o esforço de design do conceito SMR.

O governo afirma que uma nova energia nuclear é essencial para que o Reino Unido cumpra sua meta de atingir zero emissões líquidas até 2050, onde qualquer carbono liberado é compensado por uma quantidade equivalente absorvida da atmosfera. Seis das sete unidades de reatores nucleares do Reino Unido devem ficar off-line em 2030 e o restante, Sizewell B, será desativado em 2035. Juntos, eles respondem por cerca de 20% da eletricidade do país. A Rolls-Royce e seus parceiros defendem   uma série de usinas nucleares menores a partir de “módulos” feitos em fábricas. O objetivo é reprojetar a energia nuclear como um conjunto de Lego de alta tecnologia. Os componentes seriam divididos em uma série de centenas desses módulos que seriam feitos em uma fábrica central e enviados por estrada até o local para montagem. O objetivo é enfrentar o maior problema que a energia nuclear enfrenta: o custo. A razão de ser caro é que os projetos são enormes e complexos e precisam atender a padrões de segurança muito elevados. E, como poucas novas usinas nucleares são construídas, há muito poucas oportunidades de aprender com os erros.

O conceito reduziria drasticamente a quantidade de construção que seria associada a um projeto nuclear. Segundo Tom Samson (foto principal), o presidente-executivo do consórcio UK Small Modular Reactor (UK SMR), “Se movermos toda essa atividade para um ambiente de fábrica controlado, que reduzirá os custos por meio da simplificação e padronização. ” Cada usina produziria 440 megawatts de eletricidade  e a esperança é que, uma vez que as primeiras sejam feitas, custem cerca de £ 2 bilhões cada. O consórcio diz que a primeira dessas plantas modulares pode estar pronta e funcionando em 10 anos, depois disso, será capaz de construir e instalar duas por ano. Em comparação, a usina nuclear muito maior que está sendo construída em Hinkley Point, em Somerset, deve custar cerca de £ 22 bilhões, mas irá produzir mais de 3 gigawatts de eletricidade,  mais de seis vezes mais. Além das seis usinas nucleares ficarem offline até 2030, há outro desafio: levar em consideração um grande aumento na demanda por eletricidade nas próximas décadas. Isso porque para  atingir nossa meta de zero carbono, será necessário  parar de usar combustíveis fósseis para transporte e aquecimento doméstico. O governo disse que isso poderia levar a um aumento de três vezes no uso de eletricidade.