ROSATOM ASSINA ACORDOS SOMADOS EM US$ 10 BILHÕES DURANTE CONGRESSO NUCLEAR NA RÚSSIA

rusatom overseas round table (2)A semana está terminando muito bem para a estatal russa Rosatom, que conseguiu fechar uma série de acordos bilionários ao longo da AtomExpo 2016, um dos maiores eventos do setor nuclear mundial, que aconteceu nestes dias em Moscou, na Rússia. Ao todo, as negociações estão avaliadas em cerca de US$ 10 bilhões e contemplam diversos tipos de alcance, como cooperação internacional, fornecimento de combustível, financiamento, pesquisas, desenvolvimento de plantas nucleares, entre outros fins.

Foram cerca de 30 documentos assinados nos três dias de conferência, com representantes de uma série de países, de vários continentes, como França, Nigéria, Espanha, Áustria, Polônia, Holanda, Bolívia, República Tcheca, Indonésia, Cazaquistão, Eslováquia, Tanzânia, Quênia e Zâmbia, incluindo contratos com empresas de energia e de recrutamento de recursos humanos.

A estatal ainda fechou um acordo com o banco russo de desenvolvimento econômico para interesses internacionais, Vnesheconombank, com o compromisso de receber respaldo para os investimentos da companhia em outros países.

Um dos memorandos de entendimento assinados foi com a francesa Engie (ex-GDF-Suez), que prevê uma relação de maior proximidade e cooperação no trabalho de manutenção e melhoria do design de reatores nucleares, tanto para unidades russas, como não-russas. A parceria se estende ainda para o fornecimento de equipamentos para usinas nucleares, distribuição de eletricidade, serviços ligados ao ciclo do combustível nuclear e atividades de pesquisa no segmento.

Outro acordo de escala global foi assinado com a Schneider Electric, com o objetivo de ampliar o uso de equipamentos e sistemas da empresa francesa em projetos da Rosatom de construção de usinas nucleares em outros países.

Os memorandos de entendimentos e acordos intergovernamentais preveem ainda o desenvolvimento de uso pacífico da energia nuclear na Zâmbia, com a possibilidade de construção de usinas; assim como no Qûenia, onde o acordo abrange ainda mais atividades, incluindo a operação das unidades a serem desenvolvidas e a construção da primeira delas. Já em relação ao Cazaquistão, o documento prevê a cooperação estratégica e a troca de experiências.

A empresa ainda anunciou planos de fornecer pela primeira vez combustível nuclear para um reator nos Estados Unidos, com a previsão de concluir os primeiros fornecimentos em 2018 e ter uma atividade em larga escala neste sentido a partir de 2020, ainda na expectativa de receber as aprovações dos órgãos regulatórios americanos.

Além disso, representantes da Rosatom participaram de diversos painéis e debates ao longo do Congresso, inclusive com a participação brasileira da ABDAN, representada pelo seu presidente, Antonio Müller.

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