ROSATOM ENTREGA O MAIOR COMPONENTE PRODUZIDO NA RÚSSIA PARA O PROJETO DO SUPER REATOR ITER
Uma bobina de campo poloidal – o maior componente sendo produzido na Rússia para o projeto multinacional de fusão, já está na França para instalação final no ITER, o Reator Termonuclear Experimental Internacional. As peças já estão no canteiro de obras para a montagem. A bobina de campo poloidal PF1 deixou o porto de São Petersburgo, na Rússia, em 1º de novembro, navegando para a França, antes de viajar por estradas ao longo de uma rota selecionada para o transporte de cargas de tamanho gigante. A bobina tem 9 metros de diâmetro e pesa 200 toneladas e é uma das seis bobinas do campo poloidal do sistema magnético que serve para conter o plasma no reator ITER. O diretor geral da Rosatom, Alexei Likhachev, disse que os melhores especialistas russos participaram da criação da bobina PF1. “Eles desenvolveram tecnologias, métodos e soluções de fabricação avançadas. Gostaria de enfatizar especialmente que dentro, no coração da bobina, existe um supercondutor russo. O projeto ITER é um exemplo vívido da cooperação internacional mais próxima, cooperação científica e técnica. A Rússia foi, é e será parte integrante do projeto ITER e da pesquisa termonuclear mundial em geral”, declarou.
O diretor geral do ITER, Pietro Barabaschi, disse que está satisfeito que a Rússia tenha concluído com sucesso a produção e o fornecimento da bobina de campo poloidal. “Os ímãs supercondutores para o ITER exigem uma precisão sem precedentes. Eles são produzidos em seis países – China, França, Itália, Japão, Rússia e os Estados Unidos – e isso tornou a tarefa ainda mais difícil, mas também ajudou a criar um corpo de conhecimento global comum”, afirmou.
Para lembrar, o ITER é um grande projeto internacional para construir um dispositivo de fusão Tokamak em Cadarache, na França, projetado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia livre de carbono e em larga escala. O objetivo do ITER é operar a 500 MW (por pelo menos 400 segundos continuamente) com 50 MW de entrada de energia de aquecimento de plasma. Parece que 300 MWe adicionais de entrada de eletricidade podem ser necessários em operação.
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