ROSATOM INICIA A CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA CENTRAL NUCLEAR DO EGITO

A estatal russa Rosatom começou nesta semana a construção da primeira central nuclear do Egito. Uma cerimônia foi realizada para marcar o lançamento do primeiro concreto para a usina, em El Dabaa. Estiveram presentes, entre outros, o ministro egípcio da Eletricidade e Energias Renováveis, Mohamed Shaker, o presidente da Autoridade de Usinas Nucleares (NPPA), Amged El-Wakeel, e o diretor geral da Rosatom, Alexey Likhachov.

“O lançamento da construção na unidade 1 da central nuclear de El-Dabaa significa que o Egito se juntou ao clube nuclear”, disse Likhachov. “A construção da usina nuclear permitirá que o Egito alcance um novo nível de desenvolvimento de tecnologia, indústria e educação. A usina será o maior projeto da cooperação russo-egípcia desde a barragem de Aswan. Ter sua própria indústria de energia nuclear foi um sonho para o povo egípcio por mais de meio século, e é uma grande honra para a Rosatom tornar esse sonho realidade”, acrescentou.

O projeto da usina nuclear El Dabaa – a cerca de 320 quilômetros a noroeste de Cairo – é baseado em contratos que entraram em vigor em 11 de dezembro de 2017. A usina será composta por quatro reatores VVER-1200. Os contratos estipulam que a Rosatom não apenas construirá a usina, mas também fornecerá combustível nuclear russo para todo o seu ciclo de vida. Eles também ajudarão os parceiros egípcios no treinamento de pessoal e na manutenção da planta nos primeiros 10 anos de operação. A Rosatom também é contratada para construir uma instalação especial de armazenamento e fornecer contêineres para armazenamento de combustível nuclear usado.

“A cerimônia comemorativa do lançamento do primeiro concreto da unidade 1 é um grande prazer para nós. O início da construção em grande escala da unidade 1 é um evento histórico para o Egito. A liderança política e a cooperação egípcio-russa contribuíram para a implementação deste ambicioso projeto, apesar dos desafios apresentados pela pandemia de covid-19, que não teve um impacto negativo no projeto”, acrescentou Mohamed Shaker.