ROSATOM VAI ABRIR EMPRESA NO BRASIL PARA ATENDER À AMÉRICA LATINA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Ivan Dybov, vice-presidente da área internacional da Rosatom.A gigante russa Rosatom vai abrir uma subsidiária no Brasil, de olho no futuro da expansão nuclear do país e também para atender toda a América Latina. O vice-presidente da empresa na área internacional, Ivan Dybov (foto), anunciou, durante o V Seminário Internacional de Energia Nuclear, que a nova companhia deverá se chamar Rostam Latin-America ou Rosatom South America e ficará sediada no Rio de Janeiro. Os termos finais do processo de criação ainda estão sendo definidos, mas devem ser concluídos até o final deste ano.

O escopo de trabalho da empresa na área nuclear se estende por várias vertentes, desde a construção e operação de usinas, o financiamento de projetos, a produção de combustível nuclear, até a construção e o gerenciamento de rejeitos de usinas.

Dybov contou que atualmente a Rosatom possui 33 usinas nucleares em operação na Rússia, somando um total de 22 GW, e está construindo mais nove unidades no país. Quando se refere ao mercado internacional, a empresa possui um portfólio de 22 usinas em construção em países como China, Finlândia, Índia, Vietnã e Turquia, entre outros locais. Na projeção da empresa, devem chegar a 2030 com um total de 80 usinas sendo montadas pelo mundo.

De acordo com o executivo, caso a estatal russa seja escolhida pelo governo brasileiro para a construção de novas usinas, tentarão trabalhar ao máximo com fornecedores nacionais, com uma estimativa inicial de 30% a 40% de conteúdo local.

“Este percentual pode subir, caso sejam vários projetos. Tudo vai depender do que for encomendado. Mas vamos procurar usar o máximo os fornecedores locais quando possível, até porque agiliza o processo”, afirmou.

O interesse da empresa no Brasil não se aterá apenas a novos projetos de usinas nucleares, apesar de este ser o foco principal. A área de medicina nuclear também entrará na mira do grupo, que ainda tem participação em fornecimentos para o setor eólico, contou Dybov.

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