RÚSSIA AUMENTA QUEIMA DE GÁS NA VÉSPERA DE CORTAR O FORNECIMENTO PARA A EUROPA POR TRÊS DIAS
A União Europeia diz que a Rússia está queimando cerca de US$ 10 milhões em gás natural por dia perto de sua fronteira com a Finlândia. Apesar dos preços da energia dispararem na Europa, a Rússia continua a queimar grandes quantidades de gás natural, que antes seriam exportados para a Alemanha. Nada impede as exportações de gás russo para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1, além de problemas tecnológicos causados por sanções ocidentais, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta terça-feira (30), um dia antes de outra paralisação planejada para manutenção. A gigante de energia russa Gazprom anunciou que fechará o oleoduto por três dias a partir desta quarta-feira (31) para realizar a manutenção de uma única unidade de bombeamento na estação de compressão de Portovaya.
Respondendo a uma pergunta sobre garantias de que a Gazprom reiniciará os fluxos de gás via Nord Stream 1 após a manutenção, Peskov disse que “Há garantias de que, além dos problemas tecnológicos causados pelas sanções, nada atrapalha o abastecimento.” Os preços do gás natural subiram na Europa para máximas históricas em meio à oferta apertada da Rússia. Ela bombeia gás via Nord Stream 1 com apenas 20% da capacidade, citando problemas com equipamentos. A União Europeia rejeita a versão de Moscou de que os problemas das turbinas e as sanções sejam as causas para essa redução. A França acusou Moscou de reduzir as entregas para uma de suas principais concessionárias, a Engie, e se preparava para interromper os fluxos através do Nord Stream 1.
“Países europeus, Canadá, EUA, Grã-Bretanha impuseram sanções contra a Federação Russa, que não permitem a realização de trabalhos normais de manutenção e reparo, e também não permitem o registro legal do retorno de componentes e conjuntos aos seus locais de atuação. Não há outros obstáculos para a Rússia cumprir suas obrigações”, disse Peskov. O contrato de gás do primeiro mês na Europa caiu 3% a 259 euros/MWh na manhã de hoje, abaixo dos máximos de todos os tempos atingidos na semana passada, mas mais de cinco vezes os níveis vistos há um ano.
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