SEM NENHUMA DEFINIÇÃO, A PETROBRÁS SEGUE NO MERCADO PERDENDO DINHEIRO ATÉ QUE A PAZ VOLTE A REINAR NA EMPRESA

MERCADANE E PRAO presidente Lula nega a demissão de Jean Paul Prates.  O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,  quer a cabeça de Prates. Prates nega que vai sair. Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES, disse diretamente para Prates que Lula fez uma consulta a ele, se gostaria de ir para a Petrobrás e aconselha a Prates a falar urgente com Lula, que não agenda uma reunião. A CVM passa a investigar a Petrobrás por interferência na presidência da companhia. O TCU investiga a companhia por um prejuízo deliberado de R$ 500 milhões na transação com a Unigel. A Petrobrás desmente Lula 24 horas depois dele anunciar para os trabalhadores que vai incentivar a indústria naval, ao informar que está contratando 12 embarcações de apoio que serão feitas no exterior, com apenas 40% de conteúdo local, que pode não se transformar em obras, mas em manobras casuísticas. Investidores da Petrobrás querem receber os dividendos por suas apostas na companhia. Pronto. Se alguém ainda tinha dúvidas do significado da palavra Fudevu, já deixou de ter. Está esclarecido. Esta é a essência do que é um Fudevu, popularmente conhecido também pela expressão “ barata voa”.  É fogo no parquinho, que está em chamas à espera de bons bombeiros.

Do nada, por ganância, estrelismo e arrogância o próprio governo chuta e expõe a sua própria  coroa, a sua maior empresa. E com essa confusão toda, coloca a Petrobrás derretendo no mercado de capitais, fazendo a companhia perder o seu próprio valor de face. É incrível. Lula, mais uma vez, sente na carne de seu governo as mordidas apertadas do mercado, que ele chamou  de “Rinoceronte” e  “Dinossauro voraz”. É um jogo de perde-perde. E quem é o responsável? O próprio governo. AINIMGOS Petrobrás vinha com bons resultados, caixa equacionado e, de repente, Jean Paul Prates, que defende a divisão dos dividendos, passa a ser o vilão da estória, recebendo papel do bandido do faroeste. Só que neste filme não tem mocinho. Ele está defendo os investidores, porque é uma companhia de capital aberto, mas Alexandre Silveira bate o pé, a mando de Lula, para fazer com que a empresa use seu lucro líquido em “novos investimentos” ao invés de remunerar acionistas. Na mudança de língua, “novos investimentos” significa  mandar os milhões da Petrobrás  para recompor e amenizar  os cofres do governo, que está a míngua por gastos excessivos e errados.

Os bastidores sem rostos dessa trama revelam que Prates vai morrer, mas no meio do filme. Ele já subiu no telhado e agora Lula está procurando um nome que seja capaz. Fala-se em Mercadante, mas foi o próprio Mercadante que foi avisar à Prates. Como eles nem eram tão amigos assim, significa simplesmente que Mercadante não quer largar as delícias e as mordomias de ser o presidente do maior Banco de Investimentos da América Latina, o BNDES. E aconselhou Prates a a ir correndo falar com Lula, como se dissesse: “vai lá, salva sua pele, que aí eu salvo a minha.” O tabuleiro seria mexido com Nelson Barbosa, hoje diretor de Planejamento do banco, para o lugar de Mercadante. Mas fala-se também que, ufa!, Lula arranjaria um bom cargo para Guido Mantega, fiel escudeiro, o caladão da Lava Jato, que receberia a chave do cofre. Bem, se Gedel Vieira mesmo depois de ser pego com milhões de reais em malas num apartamento alugado pela mãe, pode voltar ao governo em lugar de confiança, por que Mantega não poderia receber esta chave mágica?

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para analisar “notícias, fatos relevantes e comunicados referentes” à Petrobrás. A ação do regulador se dá em meio aos eventos recentes relacionados à companhia publicados na imprensa, referentes ao pagamento de dividendos e possível troca do presidente. O processo foi aberto pela Gerência de Acompanhamento de Empresas 1 (GEA-1), da Superintendência de Relações com Empresas, em um trabalho de supervisão. Uma análise dos fatos pelo regulador geralmente inclui questionamentos iniciais à companhia, e em muitos casos é um trabalho de praxe. O andamento do caso vai depender de novos desdobramentos dos fatos, da interpretação do regulador.

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