SEPARADOR SUBMARINO VAI PARA MARLIM NAS PRÓXIMAS SEMANAS | Petronotícias




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SEPARADOR SUBMARINO VAI PARA MARLIM NAS PRÓXIMAS SEMANAS

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

O separador submarino desenvolvido pela FMC junto à Petrobrás já está em seus últimos ajustes antes de ser enviado ao Campo de Marlim, onde será testado pela petroleira brasileira, conforme afirmou o gerente comercial da FMC Technologies Brasil, Rodolpho Athayde, durante o evento “Ideas Exchange – Marketing para petróleo e gás”, organizado pela Câmara de Comércio Americana, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

O sistema é o primeiro do tipo produzido no Brasil e também se destaca em relação aos que já podem ser encontrados na Noruega, pois também poderá atuar em grandes profundidades, de até 2 mil metros, enquanto os nórdicos são para lâminas d’água menores e para petróleos mais leves.

A Petrobrás programou a entrada em operação do separador submarino para uma profundidade inicial de cerca de mil metros no campo de Marlim, onde terá capacidade para processar 18 mil barris por dia, separando água, óleo, areia e gás.

Durante a palestra, Athayde disse que na sexta-feira, o diretor de exploração e produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, visitou o centro de serviços da FMC para ver o produto. “Estamos fazendo os últimos testes e nas próximas semanas devemos embarcar o sistema para o campo de Marlim”, adiantou.

PARQUE TECNOLÓGICO

A FMC e a BG terão centros de pesquisa no pólo que está sendo montado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Segundo Athayde, o da FMC deve ser inaugurado ainda este ano, após o final das obras.

“No final desse ano vamos inaugurar nosso centro tecnológico no Rio. E dizem que aquela região vai ser o Silicon Valley do Brasil”, disse referindo-se ao centro de pesquisas tecnológicas que virou referência mundial no setor de informática, localizado no Vale do Silício, na Califórnia. De acordo com o gerente, serão 300 colaboradores da empresa no parque. “Vamos deslocar algumas pessoas, mas a expectativa é que haja muitas contratações de engenheiros e pesquisadores para a área de P & D”, afirmou.

A gerente de Marketing da BG Brasil, Beatriz Assumpção, disse que a empresa também terá um centro de pesquisas na Ilha do Fundão, porém a previsão é de que só seja inaugurado em 2012 ou 2013.

MUDANÇA NA CULTURA DA PETROBRÁS

O gerente geral de marketing do abastecimento da Petrobrás, Theodoros Marcopoulos, ressaltou em sua palestra a mudança de cultura pela qual a companhia precisou passar para lidar com o marketing de forma mais consistente.

“Se não houver a cultura de mudança no quadro de superiores, não adianta. E o Gabrielli tinha essa cultura”, afirmou Marcopoulos elogiando a gestão do atual presidente da empresa.

Mas a maior dificuldade para o gerente é conciliar as diferentes unidades de negócios, que muitas vezes têm interesses divergentes. “Às vezes a pessoa não quer fazer aquilo porque acha que a companhia vai ter prejuízo, mas não fazendo terá outro tipo de prejuízo”, disse referindo-se a momentos em que para não descumprir um compromisso com um cliente, orienta-se que haja algum remanejamento de operações para atender aos prazos estabelecidos, mesmo que para isso seja preciso fazer alguma paralisação e consequentemente exista alguma perda de ganhos.

Marcopoulos ainda mencionou a importância das reclamações para que as empresas possam crescer. “Na mentalidade ocidental, receber reclamações é uma coisa que choca, quando, na verdade, é uma oportunidade de rever o que você está fazendo e mudar a sua estratégia”, disse antes de contar que as companhias orientais costumam incentivar as reclamações para que possam entender e satisfazer mais seus clientes.

FOCO NOS RELACIONAMENTOS

A gerente de comunicação e marketing da Global Industries, Rosângela Nucara, abordou a importância dos relacionamentos para que o marketing das empresas sejam bem organizados e vistos, incentivando ações que captem a atenção de seus clientes.

Nucara contou alguns casos de idéias de seu departamento que modificaram estruturas internas na empresa e que geraram mais visibilidade entre seus clientes. Mas ressaltou que o mercado de petróleo é uma área mais difícil de entrar com idéias inovadoras em comunicação, porque a cultura do setor, tanto no Brasil, quanto no mundo, ainda é muito conservadora.

Quando questionada sobre o retorno gerado pelas ações deste tipo para as empresas deste mercado, a gerente demonstrou que sua visão era mais focada em gerar relacionamentos para a companhia. “Quando você ouve dos clientes que a sua empresa é a que eles mais gostam de receber, quando você organiza um evento e vê o salão lotado, você percebe que está dando resultado. E a comunicação é isso, criar relacionamentos”, disse.

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