SÉRGIO MACHADO DIZ TER NEGOCIADO REPASSES DE PROPINA COM TEMER E OUTROS 20 POLÍTICOS | Petronotícias




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SÉRGIO MACHADO DIZ TER NEGOCIADO REPASSES DE PROPINA COM TEMER E OUTROS 20 POLÍTICOS

Sérgio MachadoAs bombas da Operação Lava-Jato caem, mais uma vez, sobre Brasília. Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (foto) afirmou a investigadores que repassou propinas a mais de 20 políticos de seis partidos diferentes, por meio de esquema coordenado junto a empreiteiras contratadas pela Petrobrás. O depoimento, tornado público nesta quarta-feira (15) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que o PMDB teria arrecadado R$ 100 milhões com os repasses, que foram feitos a parlamentares como o presidente do Senado Renan Calheiros, os senadores Jader Barbalho, Romero Jucá e Edison Lobão. Ao longo de nove anos, o ex-presidente José Sarney teria recebido R$ 16 milhões em propinas.

Os cinco políticos teriam sido responsáveis pela indicação de Machado ao comando da subsidiária, onde ele atuou como presidente entre 2003 e 2014. Segundo o executivo, os parlamentares receberam propina tanto por meio de doações eleitorais quanto por recursos em espécie, em uma esquema de corrupção junto a contratos da estatal. Os repasses também teriam sido direcionados aos senadores peemedebistas Valdir Raupp, Garibaldi Alves, o deputado Walter Alves e o ministro do Turismo, Henrique Alves.

Além disso, Machado relatou que o presidente interino Michel Temer pediu a ele que obtivesse doações ilícitas para a campanha do ex-deputado federal Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo, em 2012. Em seus depoimentos, o ex-presidente da Transpetro narrou um encontro que teve com Temer em setembro daquele ano, ocasião em que teriam acertado o valor de R$ 1,5 milhão para a campanha de Chalita, valor que, segundo o executivo, teria sido pago pela construtora Queiroz Galvão.

A delação também atinge políticos do PT, entre os quais são citados Cândido Vacarezza, Luiz Sérgio, Edson Santos, Ideli Salvatti e Jorge Bittar. Outros nomes citados foram o da deputada federal Jandira Feghalli (PCdoB), o vice-governador do Rio de Janeiro Francisco Dornelles (PP), o deputado Heráclito Fortes (PSB), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB), o senador José Agripino Maia (DEM) e o deputado federal Felipe Maia (DEM).

As acusações caem ainda sobre o senador e presidente do PSDB Aécio Neves, que teria recebido R$ 1 milhão em repasses ilegais em 1998. Segundo Machado, o dinheiro teria origem em um fundo montado pelo executivo, junto a Aécio e ao então senador Teotonio Vilela, que na época presidia o partido, com o objetivo de financiar a bancada do partido na Câmara e no Senado. O plano era “eleger a maior bancada federal possível na Câmara para que pudessem viabilizar a candidatura de Aécio Neves à presidência da Câmara dos Deputados nos anos 2000”, afirma a delação.

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