SETE BRASIL BUSCA SUBSTITUTOS PARA OPERAÇÃO DE CINCO SONDAS
A Sete Brasil está passando por um momento de divergências internas. Com grandes valores a serem aportados nos próximos meses, em função do cronograma da construção das sondas para o pré-sal, as discussões entre os sócios têm sido mais frequentes e culminaram com a saída de dois parceiros: Petroserv e Atlas (OAS/Etesco). A empresa confirma que a primeira delas já formalizou seu desligamento, mas ressalta que a segunda deixou apenas parte do projeto, sem detalhar. Agora a Sete está buscando interessados em substituí-los para a operação de cinco das 29 sondas que estão sendo feitas.
Os vencimentos de dívidas de curto prazo da empresa até fevereiro estão avaliados em cerca de US$ 900 milhões e os sócios têm discordado sobre os aportes. As especulações que surgem no mercado indicam que a empresa não tem dinheiro em caixa para fazer frente a esses compromissos, mas a Sete nega.
“A Sete Brasil tem um plano de financiamento que prevê, além da injeção do capital do acionista, a obtenção de linhas de financiamento. Atualmente, a companhia encontra-se em fase de conclusão do processo negocial para contratação de linhas de longo prazo. Até que haja a liberação dos recursos de longo prazo, a companhia vem se financiando com linhas de curto prazo, em montante suficiente para fazer frente ao grande investimento requerido pelo projeto”, afirmou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa, informando que ainda tem mais de US$ 4 bilhões em linhas de crédito contratadas junto a nove bancos nacionais e estrangeiros.?
A empresa atrasou pela primeira vez os pagamentos em outubro e recebeu um socorro de R$ 900 milhões da Caixa, mas os novos financiamentos de curto prazo vêm com taxas mais altas, o que também tem desagradado aos sócios, já que o retorno dos investimentos será reduzido.
A Sete tem contratos somados em US$ 25 bilhões com a Petrobrás, sendo que entre seus acionistas estão: a própria Petrobrás, os fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e Valia, os bancos BTG Pactual, Santander, Bradesco, e os fundos de investimentos FI-FGTS, EIG, Luce Drilling e Lakeshore Partners. Além disso, nos capitais de cada sonda, há participação de diversos operadores, como Odebrecht Óleo e Gás, Etesco/OAS (que agora estão deixando o projeto), QGOG, Petroserv (que também acaba de sair), Seadrill e Odfjell.
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