SETE BRASIL PRECISA DE US$ 652 MILHÕES PARA QUITAR DÍVIDAS ATÉ O PRÓXIMO MÊS
A Sete Brasil está correndo contra o tempo para conseguir levantar recursos até o fim do mês, em busca de quitar dívidas de curto prazo e garantir o andamento da construção das sondas para a Petrobrás. A empresa precisa de US$ 652 milhões para não interromper os pagamentos a cinco estaleiros contratados, de acordo com reportagem do jornal Valor Econômico. Para isso, está tentando assinar um contrato de financiamento de longo prazo com o BNDES.
Ao todo, são 29 sondas a serem construídas no país, das quais 21 tem participação das empresas que farão a operação das unidades. Em geral, os operadores possuem 15% do controle das sondas, mas há discussões entre algumas dessas empresas com a Sete Brasil. Elas querem diluir suas participações no negócio, se concentrando nos contratos de operação, segundo o jornal.
Essa questão tem atrasado os aportes, em função de divergências internas na companhia. Entre as saídas estudadas pela empresa para a situação, uma opção é a assinatura de um financiamento de US$ 333 milhões com o Banco do Brasil, para quitar o mês de outubro, e contar com novos aportes dos acionistas no mês seguinte. No entanto, os investidores, que já aplicaram R$ 8,3 bilhões nos projetos, estão resistindo.
A questão foi debatida em reunião da diretoria com os acionistas na quinta-feira (9), mas ainda não chegou-se a uma resolução. Provavelmente o caminho, ao que indicam as pessoas próximas ao assunto, passará pela continuidade das negociações entre a Sete e os operadores, segundo o jornal.
A Sete Brasil é composta por uma série de acionistas, incluindo: Petrobrás, Petros, Funcef, Previ, Valia, BTG Pactual, Santander, Bradesco, FI-FGTS, EIG, Luce Drilling e Lakeshore Partners. Além disso, nos capitais de cada sonda, há participação de diversos operadores, como Odebrecht Óleo e Gás, Etesco, OAS, QGOG, Petroserv, Seadrill e Odfjell.
Deixe seu comentário