SHELL, SENAI CIMATEC E UNICAMP PESQUISAM O AGAVE PARA PRODUZIR ENERGIA RENOVÁVEL NO NORDESTE A PARTIR DE SUA BIOMASSA

brave capaA Shell Brasil e o SENAI CIMATEC fecharam acordo de parceria nesta quinta-feira (13) para iniciar uma nova fase do programa BRAVE (Brazilian Agave Development – Desenvolvimento de Agave no Brasil). O programa de Pesquisa e Desenvolvimento tem como objetivo explorar o potencial do Agave como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos no sertão nordestino. A nova etapa do BRAVE prevê o desenvolvimento de tecnologias de mecanização para o plantio e a colheita (BRAVE Mec) e de processamento de diferentes espécies de Agave (BRAVE Ind). Ambas as frentes de atuação vão correr simultaneamente, ao longo de cinco anos. A cerimônia de lançamento ocorreu em Conceição do Coité, município considerado coração da região sisaleira da Bahia. O SENAI CIMATEC se soma à parceria já firmada, desde novembro de 2022, entre a Shell e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para desenvolver soluções biológicas para aumento da produtividade do Agave (BRAVE Bio). Com investimento de aproximadamente R$ 100 milhões, o BRAVE é financiado pela Shell Brasil, utilizando recursos oriundos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da EMBRAPII.

“Dentro da estratégia da Shell Impulsionando o Progresso temos 4 pilares: gerar valor para acionistas, impulsionar vidas, respeitar a natureza ebrave palco zerar emissão líquidas de carbono, e o BRAVE consegue entregar resultados em todos os pilares. É um projeto realmente diferenciado, inovador e transformacional”, explicou Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil. Atualmente, a Shell Brasil investe cerca de R$ 600 milhões em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento no país, sendo 30% dessa verba destinada a iniciativas para a transição energética, como é o caso do programa BRAVE.

O BRAVE Mec vai gerar soluções tecnológicas para processos que hoje são executados de forma manual ou utilizando implementos de baixo nível tecnológico. “No caso do plantio, vamos partir de um equipamento que já existe comercialmente e fazer adaptações para que funcione com as mudas de Agave. No caso da colheita, vamos desenvolver um equipamento específico para o Agave que será testado no campo experimental”, informa  Sindelia Azzoni, pesquisadora de Bioprocessos da Shell.

 O BRAVE Ind prevê desenvolver a rota de processamento do Agave para obtenção do etanol de primeira e segunda gerações, biogás, além de coprodutos.  “A nossa intenção é utilizar 100% do potencial do Agave, não só a fibra do sisal, para obter etanol de primeira e segunda gerações, visando a implantação de uma nova cadeia de negócios, explica André Oliveira, Gerente Executivo do SENAI CIMATEC. Serão construídas plantas-piloto para validar o escalonamento dos processos dentro do SENAI CIMATEC Park, em Salvador. O CIMATEC Sertão é o novo campus do SENAI CIMATEC, que tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias de produção industrial para exploração do potencial do Semiárido da Bahia. A intenção é criar condições técnicas, econômicas, sociais e ambientais que fortaleçam o setor, com geração de emprego e renda para as comunidades locais, e sustentabilidade ambiental.

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