SIEMENS DESENVOLVE SOLUÇÃO PARA PRODUZIR HIDROGÊNIO VERDE A PARTIR DE EÓLICAS OFFSHORE

A produção de hidrogênio é uma das meninas dos olhos da Siemens Energy, que anunciou hoje (13) o fechamento de uma parceria com a Siemens Gamesa voltada a esse segmento. O acordo entre as duas companhias prevê a colaboração no desenvolvimento de uma tecnologia que une um eletrolisador em uma turbina eólica offshore para formar um sistema sincronizado único para produzir diretamente hidrogênio verde.

Ao longo de um período de cinco anos, a Siemens Gamesa planeja investir 80 milhões de euros e a Siemens Energy tem a meta de investir 40 milhões de euros no projeto. A ideia é fazer uma demonstração offshore em grande escala da solução entre 2025 e 2026. Para dar luz à nova tecnologia, a Siemens Gamesa adaptará o desenvolvimento da turbina eólica offshore SG14-222 DD, de modo a integrar um sistema de eletrólise nas operações do equipamento.

Como se sabe, o processo de eletrólise é aquele em que se usa uma corrente elétrica para separar a água em hidrogênio e oxigênio. O objetivo das empresas na parceria é produzir hidrogênio verde usando um conjunto de eletrolisadores localizado na base da torre da turbina eólica offshore, abrindo caminho para a produção de hidrogênio offshore.

“Nossas turbinas eólicas desempenham um papel enorme na descarbonização do sistema de energia global, e o potencial do vento para produzir hidrogênio significa que podemos fazer isso também em setores difíceis de reduzir a pegada de carbono. Tenho muito orgulho do nosso pessoal e de fazer parte da criação de um futuro mais verde”, disse o CEO da Siemens Gamesa, Andreas Nauen.

Já o CEO da Siemens Energy, Andreas Nauen (foto), disse que a sua empresa pode alavancar a tecnologia de eletrolisador para redefinir o futuro da produção sustentável de energia offshore. “Com estes desenvolvimentos, o potencial de regiões com energia eólica offshore abundante se tornará acessível para a economia do hidrogênio. Este é um excelente exemplo de como podemos armazenar e transportar energia eólica, reduzindo assim a pegada de carbono”, afirmou o executivo.