SINAVAL PRESSIONA PETROBRÁS POR REAJUSTE EM CONTRATOS DE NOVAS EMBARCAÇÕES

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) enviou uma carta à Petrobrás, formalizando um pedido da indústria naval pela aplicação de uma fórmula de reajuste nos contratos de construção de navios de apoio offshore. O sindicato quer que a fórmula seja aplicada já na próxima licitação de afretamento de navios, que tem prazo de entrega marcado para o dia 27, no qual a Petrobrás deve contratar sete embarcações, no valor de US$ 2 bilhões.

A inclusão da fórmula de reajuste considera a inflação na parte nacional de bens e serviços de cada projeto, e se for adotada a fórmula será incluída em outras concorrências. A proposta do Sinaval surge, não coincidentemente, num momento de grande pressão na indústria naval, não só pela grande demanda, mas também pelo aumento de custos e greves em diversos estaleiros. Atualmente, os contratos para novas embarcações são fixados em dólares, com 20% de adiantamento para os estaleiros e 80% financiado, sendo que somente a operação do navio possui parcela de seu custo sujeita a reajustes baseados no real.

Os navios que instalam e recolhem dutos flexíveis (PLSVs, em inglês) são os principais alvos do Sinaval para a implantação da fórmula de reajuste. Só existem 2 PLSVs em operação no Brasil, e a licitação da Petrobrás prevê a contratação de novas embarcações deste tipo, que tem índices de nacionalização entre 40% e 50%. Apesar de não confirmar o número, a Petrobrás deve contratar cerca de sete embarcações, de acordo com fontes. O valor total da construção dos sete PLSVs seria de R$2,1 bilhões.

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