SINDICATOS ESTIMAM CERCA DE 20 MIL DEMISSÕES DE FUNCIONÁRIOS DE ESTALEIROS
Os estaleiros brasileiros continuam num ritmo acentuado de desaceleração de investimentos e desde que o escândalo da Petrobrás veio à tona, cerca de 20 mil funcionários já foram demitidos. Boa fatia destas demissões são cíclicas, ocorrendo com o fim dos contratos dos funcionários, mas o receio das lideranças sindicais é pela falta de novos investimentos no setor, intensificando a estagnação da indústria naval com mais cortes.
Um dos problemas mais latentes são os atrasos da Sete Brasil no pagamento de cinco estaleiros: o de Brasfels, em Angra dos Reis; o de Jurong, em Aracruz; o de Enseada Paraguaçu, em Maragojipe; o de Atlântico Sul, em Ipojuca e o de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A empresa foi criada para gerenciar as sondas usadas pela Petrobrás no pré-sal e precisa de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para concluir os investimentos nos 29 navios-sondas encomendados nos estaleiros.
A situação pode se agravar com a concorrência aberta no último mês pela Petrobrás, em que só empresas estrangeiras poderão recontratar os serviços de construção de módulos de compressão de óleo e gás, deixando de fomentar a criação de empregos no mercado brasileiro. Só no Estaleiro Inhaúma , o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro estima a demissão de até sete mil funcionários após setembro, quando a construção da plataforma P-74 for concluída. Isso se dá porque os projetos de construção das plataformas P-75, P-76 e P-77 passarão a ser realizados na China
A noticia atenua o tamanho do problema. Conversão de cascos da P-75, P-76 e P-77 que foram contratados para serem feitos 100% no Brasil desde o início em 2012/2013 já foram direto para o COSCO na China, nem passou por aqui. O Estaleiro EEP (Consórcio Odedebrecht, OAS e UTC) deu mais uma bola nas costas do Brasil e virou um mero atravessador ganhando o BDI e deixando todo o trabalho para os chineses. Os modulos da IESA vão também para a China ou outro país asiático depois da Petrobras enterrar milhões no contrato. Hoje o QGI (Queiroz Galvão e IESA)… Read more »