SÓCIOS AVALIAM CISÃO DA USIMINAS EM DUAS EMPRESAS INDEPENDENTES
A situação difícil da Usiminas segue sem aparente solução, e novos caminhos podem começar a ser traçados em breve. Com foco na retomada dos projetos, as controladoras Techint/Ternium e Nippon Steel avaliam hoje a possível cisão da siderúrgica mineira, o que levaria à divisão da empresa em duas unidades – a de Ipatinga ficaria com o grupo japonês, ao passo que o consórcio ítalo-argentino passaria a ser responsável pela unidade de Cubatão. A mudança vem sendo encarada por parte dos acionistas como a única saída para o atual litígio, que já se arrasta há meses e amplia a cada dia as perdas financeiras diante de novas paralisações operacionais.
Com impacto direto sobre a indústria da região, o planejamento para a empresa vem sendo debatido também com o governo de Minas Gerais. A possibilidade de uma cisão já chegou a ser discutida pelo governador Fernando Pimentel com o presidente do grupo Techint, Paolo Rocca (foto), mas as soluções para o problema continuam em aberto. Uma outra possível saída para o imbróglio que vem sendo estudada é a aquisição das ações da Ternium por parte da Nippon, que estaria disposta a ampliar sua participação no empreendimento.
Caso venha a ser aprovada, a divisão deverá demandar mais tempo das duas partes, ao passo que envolverá novas elaborações contratuais, além da troca de ações entre as empresas e a contratação de avaliações para o projeto. A compra da parte da Ternium pela Nippon, por sua vez, resultaria na venda da usina de Cubatão à Ternium, o que permitiria uma divisão livre de dívidas e contribuiria para a capitalização da siderúrgica.
Os novos caminhos vêm sendo avaliados como alternativa à injeção de capital na empresa, o que não rendeu ainda um acordo entre as controladoras. Na semana passada, o conselho da companhia chegou a aprovar a proposta da Nippon de capitalizar a siderúrgica com R$ 1 bilhão, mas a medida não foi à frente devido a discordâncias com o grupo Ternium/Techint. O consórcio propôs uma injeção de apenas R$ 563 milhões e não acatou a adição bilionária de recursos proposta pelo grupo parceiro.
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