STANDARD & POOR’S REBAIXA NOTA INDIVIDUAL DA PETROBRÁS E DE CRÉDITO DA SETE BRASIL

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou as notas individual da Petrobrás e de crédito da Sete Brasil. De acordo com a agência, a Petrobrás terá dificuldades para ter acesso ao crédito e pode precisar de um “apoio extraordinário” do governo se o panorama ficar ainda pior. Já a Sete foi rebaixada para “calote seletivo” após não pagar uma dívida de US$ 250 milhões ao banco britânico Standard Chartered, que pediu a execução das garantias do empréstimo.

A Petrobrás já havia sido rebaixada pela agência Moody’s no começo de março, por conta da difícil situação financeira pela qual passa a estatal. A classificação de risco de crédito da S&P para a Petrobrás caiu de BBB- para BB, pautada na possibilidade de um “oportuno” suporte do governo à empresa. As notas globais de dívida e de crédito da empresa, contudo, não sofreram alterações justamente por conta da chance de investimento público para tirar a companhia da situação de “estresse financeiro”. O governo oficializou a liberação de créditos na casa de R$ 2,23 bilhões para a Petrobrás nesta manhã.

A Sete Brasil, por sua vez, teve o rating em escala nacional da empresa de brB- para brCCC. A nota ficará em revisão com perspectiva negativa, por causa da chance de refinanciamento de aceleração do investimento. A Sete foi criada para atender à demanda de construção de sonadas para a região do pré-sal, mas se vê num momento de escassez de recursos e procura a entrada de caixa para bancar os empréstimos feitos a bancos privados, que já ameaçam seguir o Chartered e pedir a execução das garantias.