SUÉCIA ENCONTRA A MAIOR RESERVA DE TERRAS RARAS NA REGIÃO DO ÁRTICO, MAS LICENÇAS PODEM ATRASAR ATÉ 15 ANOS PARA ESTAREM NO MERCADO

Uma enorme descoberta de metais de terras raras no Ártico da Suécia. Mais de um milhão de toneladas foram encontradas no extremo norte do país. É o maior depósito de terras raras da Europa, que são usadas desde telefones celulares até mísseis balísticos. Para se ter uma ideia desta descoberta, basta lembrar que cerca de 98% das terras raras usadas na União Europeia em 2021 foram importadas da China. Nenhuma foi extraída na Europa. A descoberta também está sendo vista como decisiva para a transição verde, dado o aumento esperado na demanda por veículos elétricos e turbinas eólicas. Embora significativo, isso é uma fração das reservas mundiais de 120 milhões de toneladas, de acordo com uma estimativa dos Estados Unidos. O termo terras raras refere-se a um grupo de 17 elementos  que são usados para fazer uma gama de produtos e infraestrutura cada vez mais importantes para a vida cotidiana.

Elas podem ser encontrados em celulares, discos rígidos,  trens, foguetes, armamentos etc.  Mas também são importantes para a tecnologia verde, incluindo turbinas eólicas e veículos elétricos. Alguns são essenciais para equipamentos militares, como sistemas de orientação de mísseis. A extração é difícil e potencialmente prejudicial ao meio ambiente. Espera-se que a demanda por eles aumente pelo menos cinco vezes até 2030. O comissário de mercado interno da UE, Thierry Breton, chegou a dizer que “o Lithum e as  terras raras logo serão mais importantes do que petróleo e gás.“

Falando em uma entrevista coletiva, a ministra da Energia da Suécia, Ebba Busch (foto principal), disse que a UE era muito dependente de outros países para esses materiais. “É necessário uma mudança. A eletrificação, a autossuficiência da UE e a independência da Rússia e da China começarão na mina“, disse. As matérias-primas recém-descobertas podem não chegar ao mercado antes de 10 a 15 anos, disse o CEO da mineradora LKAB, Jan Mostrom (foto à direita). Os processos de licenciamento são demorados devido às avaliações de risco ambiental. Mas Mostrom pediu às autoridades que acelerem o processo “para garantir o aumento da mineração desse tipo de matéria-prima na Europa”.