TEMER DIZ EM SEU PRIMEIRO DISCURSO QUE LAVA JATO DEVE PROSSEGUIR E SER PROTEGIDA

Michel Temer fez o seu primeiro discurso como presidente do Brasil e falou à nação as diretrizes que seu governo irá seguir a partir desta quinta-feira (12), quando chegou ao fim o governo de Dilma Rousseff. Um dos recados dados pelo novo presidente foi sobre a Operação Lava Jato, a qual classificou como “referência” no processo de controle dos processos administrativos públicos. “A moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle e apuração de desvios. Neste contexto, a Lava Jato tornou-se referência, e como tal, deve ter o seu prosseguimento e proteção contra  qualquer tentativa de enfraquecê-la”, afirmou.

Sobre a economia, Temer disse que é necessário resgatar a credibilidade do Brasil, fator que ele considera fundamental para que empresários da indústria, do setor de serviços, do agronegócio e de todas as áreas produtivas se entusiasmem novamente, fazendo retornar assim os investimentos para o Brasil. “Queremos incentivar de maneira significativa as parcerias público-privadas, gerando empregos no país. Sabemos que o Estado não pode tudo fazer, depende da atuação dos setores produtivos”, acrescentou, dando um recado a investidores sobre como será a atuação do governo na economia. “Ao Estado, compete cuidar da saúde e educação. O restante terá que ser compartilhado com a iniciativa privada”, disse Temer.

Michel Temer escolheu os nomes de seu ministério e o líder do PSB, o deputado Fernando Bezerra Filho, será o novo ministro de Minas e Energia. Temer assumiu o poder do País na manhã desta quinta e ao longo dia foram surgindo os nomes do novo ministério, mas a confirmação do nome da pasta de Minas e Energia só aconteceu minutos antes do pronunciamento do presidente.

O novo governo reduziu para 22 o número de pastas, que na era Dilma chegava a 32. A primeira reunião com o novo corpo ministerial acontecerá na sexta-feira (13), no Palácio do Planalto, onde Temer passará as orientações e rumos do novo governo.

Veja a lista completa com os nomes do novos ministros:

Henrique Meirelles – Fazenda
Romero Jucá (PMDB) – Planejamento
Marcos Pereira – Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Fernando Filho – Minas e Energia
José Serra (PSDB) – Relações Exteriores
Eliseu Padilha (PMDB) – Casa Civil
Geddel Vieira Lima (PMDB) – Secretaria de Governo
Sérgio Etchegoyen – Secretaria de Segurança Institucional
Mendonça Filho (DEM) – Educação e Cultura
Ricardo Barros (PP) – Saúde
Alexandre de Moraes – Justiça e Cidadania
Blairo Maggi (PP) – Agricultura
Ronaldo Nogueira (PTB) – Trabalho
Osmar Terra (PMDB) – Desenvolvimento Social e Agrário
Sarney Filho (PV) – Meio ambiente
Bruno Araújo (PSDB) – Cidades
Gilberto Kasssab (PSD) – Ciência e Tecnologia e Comunicações
Maurício Quintella (PR) – Transportes
Fabio Medina – Advocacia-Geral da União (AGU)
Fabiano Augusto Martins Silveira – Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
Raul Jungmann (PPS) – Defesa
Henrique Alves (PMDB) – Turismo
Leonardo Picciani (PMDB) – Esporte
Helder Barbalho – Integração Nacional