THYSSENKUPP AVALIA VENDER CSA APÓS COMPRAR FATIA DA VALE NA SIDERÚRGICA

Michael HollermannA batata quente que virou a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), deficitária há algum tempo, está em vias de trocar de mãos. A alemã Thyssenkrupp, que negociou nos últimos dias a compra da fatia da Vale (de 26,87%) na empresa, pretende vender a siderúrgica para terceiros, numa tentativa de se desfazer do projeto que se transformou num mau negócio nos últimos anos.

O presidente da Thyssenkrupp América do Sul, Michael Hollermann (foto), afirmou ao jornal O Globo que um dos objetivos da negociação com a Vale foi facilitar a venda total ou parcial da usina para outros grupos interessados. A companhia alemã já vem tentando vender o negócio há cerca de dois anos, mas vinha encontrando entraves no relacionamento com a Vale.

Caso a venda não vá para frente, uma das alternativas estudadas é a realização de uma parceria para integrar a CSA a outra siderúrgica, assim como foi feito em 2013 com a Arcelor Mittal e a Nippon Steel, quando os dois grupos adquiriram uma unidade de laminação da Thyssen no Alabama, nos EUA.

Com o acordo, a Thyssen vai assumir a dívida da CSA, de € 2,6 bilhões, mas em contrapartida a Vale não poderá mais opinar sobre o uso das instalações da CSA, como o terminal portuário, que vinha sendo motivo de divergências. No entanto, o contrato de exclusividade no fornecimento de minério de ferro será mantido até 2029.

Hoje a CSA opera com 80% de sua capacidade, processando em média 700 mil toneladas de minério de ferro por mês, sendo que cerca de 90% da produção são destinados ao exterior, onde a unidade americana no Alabama é o principal cliente.

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