TR CONSULTORIA ESTÁ FOMENTANDO NOVOS NEGÓCIOS PARA EMPRESAS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A empresa TR Consultoria está com os olhos bem vivos para as novas oportunidades que surgirão no mercado de eficiência energética no Brasil. O sócio e fundador da empresa, Tadeu Maia, explica que o otimismo frente a este setor se deve ao potencial de expansão que o país apresenta, já que uma parte ínfima das cidades dispõe de um parque de iluminação eficiente. “Temos 5600 cidades no Brasil e menos de 0,5% tem os sistemas de LED e de gestão”, afirmou o executivo. “Uma planta de iluminação de uma cidade pode ter a economia da ordem de 60%, dependendo da configuração, só com iluminação LED. Ao implantar um sistema de gestão inteligente, a cidade consegue mais 15% de economia”, acrescentou Maia. A TR Consultoria faz a ponte entre novas oportunidades de negócios e empresas que potencialmente podem aproveitar essas chances. “Funcionamos como um departamento comercial para nossos clientes, fazemos a comercialização e planejamento para as companhias”, explicou. Maia ainda afirma que a TR também está buscando negócios em importantes projetos dentro da área de óleo e gás, como manutenção em termelétricas e refinarias, além da segunda fase da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Caraguatatuba (SP).
Poderia começar contando um pouco da história da formação da empresa?
Eu fui diretor comercial da MPE por 18 anos. Há quatro anos e meio, comecei a me desligar do grupo e montei uma empresa chamada TR Consultoria. Nesse ínterim, fui chamado pelo grupo espanhol Cobra, que está no Brasil há mais de 14 anos trabalhando nas áreas de geração, linha de transmissão e projetos de EPC. O diretor do grupo Cobra me levou para conhecer a empresa na Espanha e me fez um convite para trabalhar para o grupo em busca de oportunidades de negócios aqui no Brasil, visando três áreas: geração de energia, óleo e gás e eficientização energética de plantas públicas e privadas. Este último trabalho derivou para um negócio de implantação de sistemas de smarts cities.
E como se dá a atuação da TR Consultoria?
A TR Consultoria e Engenharia faz o fomento de negócios nas cidades e nas empresas públicas e privadas na área de eficientização energética, principalmente em iluminação pública e em grandes empresas. Nós fomentamos esse tipo de negócio e levamos esses projetos para prefeituras e empresas junto com alguma companhia que queira fazer esse trabalho.
O nosso diferencial é que o trabalho é feito a custo. Quando temos sucesso, ganhamos uma participação no negócio. O nosso escritório fica em Niterói (RJ), com engenheiros, técnicos e arquitetos que me auxiliam a modular esses estudos e o planejamento de projetos, fornecendo estas informações para as empresas. Funcionamos como um departamento comercial para nossos clientes, fazemos a comercialização e planejamento para as companhias.
Gostaria que explicasse um pouco mais da relação entre a TR Consultoria e o grupo Cobra.
Temos um contrato com o grupo há quatro anos e meio. Trabalhamos prioritariamente para eles. As oportunidades de negócios que não despertam interesse no grupo Cobra, eu posso apresentar para outras empresas. Não tenho exclusividade com o grupo Cobra, mas a minha primeira busca de negócios nas áreas de EPC e sistemas de iluminação é sempre com o grupo Cobra.
Temos trabalhado com a EtraBras, que é filial da Etra, que pertence 100% ao grupo Cobra. Nós trabalhamos para eles desenvolvendo negócios, tanto na área de iluminação assim como em smart cities. Seja com a EtraBras entrando direto nos projetos e participando das licitações; ou apenas participando como fornecedora de tecnologia para as empresas que estão concorrendo nestes projetos.
Neste momento, a TR está buscando fomentar negócios em quais projetos dentro do setor de eficiência energética?
Na parte de eficiência energética, estamos buscando principalmente o mercado das cidades brasileiras, que estão com parque de iluminação pública muito antigo e com grande ineficiência. E são muitas nessa situação. Temos 5600 cidades no Brasil e menos de 0,5% têm os sistemas de LED e de gestão. Estamos tentando trazer isso para o Brasil. Nós já fizemos projetos de viabilização de iluminação para mais de 150 cidades no país. No estado do Pará, estamos fazendo estudos na cidade Parauapebas e Tucuruí. Estou trabalhando também com a EtraBras no projeto de Fortaleza. Estamos brigando para fazer estes projetos em algumas cidades.
E quais têm sido as principais demandas por parte das cidades brasileiras?
O tipo de negócio depende muito. Algumas cidades querem implantar um sistema de gestão mais sofisticado. Já outras querem implantar apenas a iluminação para ter economia. E ainda há aquelas que querem fazer um processo híbrido, que eu acho que é o mais inteligente.
Neste processo híbrido, você faz a implantação do sistema da iluminação com sistema de gestão naqueles pontos onde haverá mais economia. Em uma planta de cidade, por exemplo, podemos ter iluminação LED de 150W, 120W, 90W e 30W, basicamente. O interessante é implantar o sistema de gestão nas lâmpadas de 90W para cima, onde a dimerização reduz a potência dessas luminárias em horários de pouca movimentação. Isso reduz o custo de energia.
Uma planta de iluminação de uma cidade pode ter a economia da ordem de 60%, dependendo da configuração, só com iluminação LED. Ao implantar um sistema de gestão inteligente, a cidade consegue mais 15% de economia só com a gestão.
Além de eficiência energética, a TR Consultoria também tem atuação em outros mercados?
Em eficiência energética, fazemos os estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira. Já em outra área, a de óleo e gás, tenho um grupo de orçamentação que busca oportunidades no mercado. Buscamos primeiro o grupo Cobra para apresentar projetos. Mas caso o grupo não desejar participar, eu faço uma apresentação para outras companhias.
Fazemos todo o processo de orçamentação, planejamento técnico e financeiro e cotação de equipamentos. Meu escritório monta a proposta de custo e apresenta para essas empresas, inclusive com cashflow. E elas decidem qual o preço colocar, obviamente com a minha assessoria que vai nortear os custos.
Quais projetos vocês estão mirando dentro de O&G?
Em óleo e gás, atuamos em todo o Brasil. Vou citar as principais concorrências que estamos envolvidos. Uma é para a manutenção da termelétrica de Seropédica, que será um contrato de três anos. A segunda concorrência é em Santos, para uma manutenção na refinaria Cubatão, onde fomos chamados para apresentar o demonstrativo de preço, o que indica que temos chances. Estamos trabalhando agora também em outro projeto para a Refinaria Duque de Caxias, que é muito parecido com o projeto de Seropédica, e achamos que entraremos bem competitivos.
E estou ainda com um projeto de desmobilização de uma planta de UPGN em Macaé, para dia 14 de julho. E, por fim, estamos iniciando os trabalhos para a UPGN de Caraguatatuba. Saiu um contrato grande para fazer a segunda fase desta UPGN. É um projeto grande, da ordem de R$ 1 bilhão ou mais.
Quais são suas perspectivas com os setores de eficiência e óleo e gás daqui em diante, no pós-pandemia?
Sobre eficiência energética, na parte de iluminação pública e privada e implantação de sistemas fotovoltaicos, teremos a expansão total. Eu acho que daqui para frente, o céu é o limite. Somente agora é que as pessoas estão entendendo a grandiosidade desse negócio.
A energia no Brasil é um fator preponderante para todos. Ela é muito cara e cresce o custo mais do que a inflação há 12 anos seguidos. Então, a economia de energia e divisas com a redução de custos a partir da eficientização é um fator que certamente vai expandir este mercado no país.
A implantação de sistemas de LED, de gestão e de energia fotovoltaica são mercados que vão expandir. Acho que entre os cinco e dez anos a seguir, nós teremos uma mudança na matriz energética muito grande e uma correção dos sistemas de parque de iluminação para sistemas mais eficientes e inteligentes.
Sobre óleo e gás, eu sou mais cético. As condições de mercado, como valor de mercado e a orientação da direção da Petrobrás e a forma como a empresa está conduzindo as licitações e as coisas de mercado, vão precisar se acertar ainda. Dentro do nicho de serviços, acredito que o setor terá muita coisa na área de O&M (operação e manutenção de plantas de óleo e gás). Mas os grandes projetos, que tivemos há alguns anos, acredito que não teremos um boom tão grande.
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