TRABALHADORES DECIDEM ENTRAR EM GREVE NAS OBRAS DE ANGRA 3

As obras de construção da usina nuclear Angra 3 já passaram por uma série de contratempos e vinham acelerando o ritmo nos últimos tempos, mas agora vão sofrer uma nova paralisação. Os cerca de 3,5 mil trabalhadores do empreendimento decidiram entrar em greve nesta segunda-feira (25), sem prazo fixo de retorno.

Os trabalhadores não chegaram a um acordo com as empresas responsáveis pelas obras da unidade e se reuniram, em assembleia com a presença de dois mil funcionários, para aprovar o início da greve.

Eles pedem um reajuste salarial de 10%, acima da inflação, além de uma cesta básica de R$ 400, enquanto os sindicatos patronais ofereceram reajuste de 8% para quem ganha os menores salários; de 7,13% para quem ganha até R$ 4.500, e de 4,7% para os que recebem até R$ 7 mil. Os salários superiores a este teto passarão por negociação livre.

O último prazo de entrada em operação da usina estava previsto para 31 de dezembro de 2018, mas no mercado essa data já vinha sendo vista como de difícil atendimento, em função das adaptações no projeto do sistema de instrumentação e controle digital da unidade e do início tardio da etapa de montagem eletromecânica. Caso essa greve se prolongue, o cumprimento do prazo ficará ainda mais complicado.