TROPAS RUSSAS JÁ TEM O CONTROLE DA ÁREA PRÓXIMA A PRINCIPAL USINA NUCLEAR DA UCRÂNIA, MAS DIZEM ESTAR PROTEGENDO AS INSTALAÇÕES

MAJORO chefe da operadora de usinas nucleares da Ucrânia, Energoatom, pediu à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que intervenha para ajudar a manter a área ao redor das usinas livre de ação militar. Petro Kotin, CEO da Energoatom, disse que conversou com o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi,  na segunda-feira (28/2) sobre a situação no país, onde as forças russas estão envolvidas em ações militares desde quinta-feira (24/2) passada. Em um comunicado, a empresa disse que colunas de equipamentos e forças militares estão se movendo perto das usinas nucleares, com “projéteis explodindo perto da usina nuclear – isso pode levar a ameaças altamente indesejáveis em todo o planeta”. Por isso, disse Kotin, “Pedimos à AIEA que intervenha para evitar que as forças de ocupação na zona de 30 quilômetros ao redor de nossas usinas nucleares.”  Ele  disse também que pediu que a zona de Chernobyl e o controle das instalações nucleares ali sejam devolvidos ao lado ucraniano.

A Ucrânia tem 15 reatores em quatro usinas nucleares. Todas as plantas foram relatadas como funcionando normalmente, de acordo com atualizações publicadas em seusZaporozhe-plant-(Energoatom) sites ontem (1). Essa foi a mesma posição que a Inspetoria Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia (SNRIU) relatou à AIEA, de acordo com um comunicado divulgado pela organização internacional na segunda-feira. Nessa atualização, a AIEA disse que foi informado que as forças russas estavam “operando perto do local, mas não haviam entrado” na usina nuclear de Zaporozhe (também conhecida como Zaporizhzhia) no leste da Ucrânia na época.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, foi citado pela mídia russa dizendo, na manhã de 28 de fevereiro, que as forças russas “tinham controle total e estão protegendo o território em torno da fábrica de Zaporozhe com sua equipe, trabalhando para manter a instalação e controlar o ambiente nuclear”. O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, disse: “Continuo acompanhando de perto e com grande preocupação os desenvolvimentos na Ucrânia, especialmente o impacto potencial do conflito na segurança e proteção das instalações nucleares do país. É extremamente importante que as usinas nucleares não sejam colocar em risco de qualquer maneira.”

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