THYSSENKRUPP COMPRA O ESTALEIRO OCEANA PARA CONSTRUIR OS NOVOS NAVIOS PARA MARINHA DO BRASIL
A gigante alemã Thyssenkrupp Marine Systems acaba de assinar o contrato para adquirir o estaleiro Oceana (Itajaí/SC) da empresa Aliança, pertencente ao Grupo CBO, que é uma das líderes em embarcações de apoio offshore e um dos maiores empregadores de profissionais marítimos qualificados no mercado brasileiro. O acordo cria a base inicial para a construção das Fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, bem como para um maior crescimento da empresa no país. A operação está sujeita à aprovação das autoridades antitruste e à entrada em vigor oficial do contrato das Fragatas – previsto para meados de 2020. A aquisição será, então, executada por meio da subsidiária brasileira thyssenkrupp Marine Systems do Brasil. Por acordo, o valor da transação não será divulgado.
Rolf Wirtz (foto), CEO da thyssenkrupp Marine Systems, disse que “Mesmo em tempos difíceis como estes, seguimos com determinação e permanecemos fortemente ao lado dos nossos clientes. Com o Oceana, temos uma excelente infraestrutura para a construção da fragata mais moderna do país para a Marinha do Brasil. A aquisição destaca nosso compromisso com o Brasil e será um fator econômico importante, especialmente nos dias de hoje. O estaleiro também nos oferece a perspectiva de assumirmos encomendas de outros clientes, não só localmente, mas também em outros países da América do Sul.“
O estaleiro Oceana foi criado em 2013 para a produção de navios de apoio offshore de alta qualidade e tecnologia e é ideal para projetos de grande dimensão. Nos próximos dois anos, serão recrutados 800 trabalhadores locais apenas para o projeto da Classe Tamandaré. Isso significa que podem ser construídos no Brasil navios de alto valor agregado nacional. A entrega dos navios está prevista para o período entre 2025 e 2028. Na sessão Vídeos em Destaque, você pode conhecer um pouco melhor a importância dessa contratação da Marinha Brasileira.
O Consórcio Águas Azuis é uma sociedade de propósito específico estabelecida entre a Thyssenkrupp Marine Systems (líder), a Embraer Defesa & Segurança e a Atech e será responsável pela execução das quatro Fragatas. Curiosamente, pelo menos até agora, essa concorrência não sofreu nenhum questionamento dos outros consórcios brasileiros e internacionais pela mudança em seu escopo, depois de anunciada a vitória do Águas Azuis. Até a escolha do vencedor, o compromisso era para a construção de quatro Corvetas, um navio menor com outros objetivos. Depois da vitória, tornou-se quatro Fragatas, um navio maior com muito mais poder de ataque. Provavelmente, pela diferença de estruturas, projetos e armamentos, muito mais caro do que as Corvetas.
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