UNION RHAC AMPLIA OPERAÇÕES COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL E APOSTA NO SETOR INDUSTRIAL PARA NOVOS PROJETOS
Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –
Em meio à crescente preocupação da indústria com a redução de custos, o momento é de boas oportunidades para o mercado de geração distribuída. O investimento em novas tecnologias para produção energética vem ganhando novos adeptos a cada dia e o cenário é de expansão para companhias atuantes no setor, como é o caso da Union Rhac. Especializada em engenharia de soluções e eficiência, a empresa vem conseguindo ampliar suas operações no nicho de cogeração apesar da crise e planeja aumentar sua aposta no setor, onde hoje já movimenta R$ 100 milhões por ano em projetos. As oportunidades crescem ao passo que as companhias buscam hoje renovar seus sistemas com foco na otimização de custos a médio prazo, afirma o sócio-diretor da Union Rhac, José Eustáquio, que vê o segmento como uma alternativa concreta para os novos caminhos da matriz energética nacional. Impulsionado recentemente por uma nova regulação de incentivos do governo federal, a geração distribuída caminha para uma ampliação significativa no país e a expectativa recai sobretudo em cima da indústria. Segundo Eustáquio, o setor detém maior potencial para movimentar novos aportes e pode representar uma expansão nos projetos da empresa, que hoje obtém 60% de seu faturamento na área de cogeração. “Nós estamos focando muito na indústria, porque o comércio sente mais a crise e passa hoje por muitas dificuldades. Como a indústria passa uma visão de médio prazo, enxergando mais à frente, isso tem trazido resultado”.
Quais os serviços prestados pela Union Rhac na área de geração distribuída?
Nós avaliamos o contexto de uso da energia dentro da indústria ou em prédios comerciais, e fazemos um estudo a partir disso. Vemos se já existem equipamentos de geração, em que condições se encontram, e então oferecemos algumas alternativas para o cliente. É uma engenharia de solução. Feito isso e aprovado pelo cliente, nós desenvolvemos o projeto, instalamos e, se for necessário, também fazemos a manutenção. Isso tem se viabilizado quando o cliente quer fazer uma cogeração com energia que ele vá consumir, sendo o restante consumido da rede de distribuição.
Essa divisão da geração é fixa ou varia de acordo com a demanda?
Ela é dividida meio a meio. Por exemplo, fizemos recentemente um projeto com a Mercedes, que tem 3MW fornecidos na concessionária local e mais 3GW da cogeração. Eles se mantém funcionando e buscam na rede o que precisam para atingir os 6MW.
Como avalia hoje o aumento nas demandas por cogeração na indústria?
Neste momento, é uma oportunidade. Nós fomos direcionando a Union Rhac para esse mercado ao longo dos últimos dois anos, e sempre acreditamos que a geração distribuída fosse uma solução para suprir o nosso sistema de distribuição, que não suportaria o crescimento das demandas energéticas. Além disso, percebemos que a geração distribuída atrai por estar próxima ao cliente, o que melhora a segurança e o custo benefício; ninguém entra em um projeto que não tenha um bom resultado de custo benefício. Então quando o governo apresenta essa nova regulação criando o programa de geração distribuída, o setor elétrico começa a enxergar essa área como uma alternativa para o sistema atual. O momento é de oportunidades, e a nossa empresa vê isso de forma muito positiva no Brasil.
Quanto esse mercado representa para a Union Rhac?
Hoje, 60% da empresa é dedicada à geração distribuída. Nós somos uma empresa de engenharia, instalação e montagem, mas também temos uma parte que cuida da manutenção e operação de sistemas geradores.
Essa área movimenta quanto no faturamento da empresa?
Em termos de projetos, cerca de R$ 100 milhões por ano.
A crise trouxe um aumento nas demandas desse setor ou houve queda nos últimos meses?
A demanda é muito maior no período de crise; todo mundo se movimenta para reduzir custos. Em compensação, você passa a ter mais energia disponível no mercado de comercialização, então cria-se um paralelo para a indústria avaliar o que é melhor. As empresas que precisam pensar em um prazo muito curto e com risco às vezes acabam indo para o mercado livre. Mas as que entendem que esse cenário faz parte de um ciclo, no médio prazo, migram para o sistema de cogeração.
Existe hoje perspectiva de ampliar a atuação no segmento de óleo e gás?
Nós atuamos muito pouco nessa área, e a Petrobrás já tem suas parcerias com empresas definidas e contratadas. Mas nós atuamos junto a empresas de gás, que são distribuidoras na ponta final da cadeia e às vezes nos indicam também para outros fornecedores. Nessa área, nós fomentamos o mercado e desenvolvemos projetos.
Que área de atuação está sob o foco de expansão da Union Rhac no setor?
Nós estamos focando muito na indústria, porque o comércio sente mais a crise e passa por muitas dificuldades. Como a indústria passa uma visão de médio prazo, enxergando mais à frente, isso tem trazido resultado. Hoje, a nossa previsão de crescimento é a mesma do ano passado, mas na crise fica muito difícil fazermos projeções.
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