VENEZUELA E RÚSSIA PRESSIONAM OPEP A REDUZIR OFERTA DE PETRÓLEO

Afetados pelos impactos do baixo preço do barril, grandes produtores de petróleo vêm buscando novas soluções para estabilizar o mercado internacional de óleo e gás. Em meio ao cenário de sobreoferta no setor, países como Venezuela e Rússia pressionam hoje a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a reduzir sua produção para que haja uma retomada no preço do insumo. As novas negociações buscam firmar um compromisso mútuo para a recuperação gradual do mercado.

Diante do cenário de crise, que vem sendo agravada pela queda do barril a menos de US$ 30, as potências do segmento buscam reiniciar um ciclo de crescimento para a indústria. Ao longo desta semana, o ministro do Petróleo e da Mineração da Venezuela, Eulogio del Pino (foto), organizou encontros para fomentar negociações na Arábia Saudita, Catar, Irã, Iraque e Rússia.

Apesar de deterem grande parte da produção mundial, Rússia e Venezuela sofrem hoje com maiores impactos diretos em suas economias e vêm se apoiando em busca de uma intervenção no mercado internacional. O governo russo já se reuniu com representantes do governo saudita, responsável por mais de um terço da produção da OPEP, com o objetivo de firmar um corte de ao menos 5% na oferta do país árabe.

O preço do barril está em derrocada há mais de um ano, e tudo indica que deve demorar a recuperar os níveis registrados antes de 2014. Além da disputa por fatias de mercado, que vem impulsionando a produção alta na indústria, o valor do insumo deverá ser afetado pela entrada da produção do Irã, que vem ampliando suas atividades após o fim das sanções.