WÄRTSILÄ ESTUDA ABRIR UNIDADES EM MACAÉ E SUAPE

Por Daniel Fraiha / Petronotícias

A gigante finlandesa Wärtsilä está com grandes planos para o Brasil nos próximos anos, e já estuda abrir novas unidades no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco, e em Macaé, no Rio de Janeiro, além de planejar uma joint venture com alguma empresa brasileira para fabricar equipamentos no país. Em recente visita à sede da empresa, executivos brasileiros da companhia apresentaram para a matriz a presença da Wärtsilä no Brasil e discutiram os novos investimentos previstos para o país.

A empresa é dividida em três braços no Brasil, um representando a fabricação de plantas de geração de energia (Power Plant), um para o fornecimento de motores e geradores para embarcações (Ship Power), e outro para prestar serviços à indústria naval e energética (Services). De acordo com o presidente da Wärtsila Brasil, Robson Campos, “há projetos de investimentos nas três áreas”, porém não podem ser divulgados valores no momento.

No final de junho, a empresa havia anunciado que pretendia investir cerca de R$ 12 milhões em uma nova unidade de reparação de propulsores navais, prevista para o início de 2012, mas Campos disse que deve ficar pronta um pouco mais para frente. “Está em fase de detalhamento do projeto de engenharia e a obra de construção deve começar em janeiro, com término previsto para setembro de 2012”, contou.

A área da empresa que tem mais projetos de investimento é a de Ship power, que hoje já conta com uma base instalada de 3.100 MW, sendo 1.760 MW em plantas termoelétricas e 1.340 MW em unidades marítimas. A previsão de expansão da empresa no país leva em conta dois principais investimentos. O primeiro é uma unidade para dar suporte ao mercado offshore que vem sendo estudada para ser implantada em Macaé, no Rio de Janeiro, e o outro é uma nova unidade para dar suporte a plantas termoelétricas e a instalações marítimas no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco. As duas novas instalações da empresa, apesar de ainda não serem certeza, estão planejadas para o biênio 2012/2013.

Além da possibilidade de expandir o espaço físico de sua atuação, com as novas unidades nas regiões nordeste e sudeste, a Wärtsilä também está estudando formar uma joint venture com alguma empresa brasileira para iniciar o processo de fabricação de grupos geradores, propulsores e motores de dois tempos no Brasil, conforme adiantou Campos.

Segundo o presidente da empresa no país, a impulsão que tem alavancado o mercado de óleo e gás no Brasil fez com que algumas estratégias fossem modificadas e as atenções aumentassem no setor brasileiro. “Estamos antecipando investimentos e intensificamos treinamento. Estamos preparando a empresa para crescer”, disse Campos, “e estamos contratando fortemente”, completou.

A empresa chegou ao Brasil em 1990 e hoje conta com 600 empregados no país, mas com a efervescência do setor de petróleo, as estimativas são de que seu quadro funcional dobre até 2012. Enquanto hoje “óleo e gás representa aproximadamente 10-20% do faturamento anual”, Robson Campos conta que “esse número deve crescer para 40% nos próximos anos”.