WWF-BRASIL APONTA INCENTIVOS À AMPLIAÇÃO DO MERCADO DE ENERGIA SOLAR NO BRASIL

André NahurO crescimento da participação da energia solar na matriz energética brasileira depende do estímulo às gerações centralizada e distribuída, de maneira a alavancar o papel do segmento em quadro nacional. A análise é do WWF-Brasil, que lançou recentemente um estudo a respeito da produção e do consumo de energia solar, apontando medidas e políticas de desenvolvimento que podem alçar essa fonte renovável a um patamar de maior importância no país.

Realizado em parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a análise coloca em pauta o cenário da produção dessa energia e as principais oportunidades e desafios que o setor enfrenta no momento atual. “O grande objetivo desse estudo é subsidiar os agentes políticos e tomadores de decisão para que trabalhem no sentido de viabilizar as soluções aos atuais entraves deste setor”, afirma o coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur (foto).

A análise da ONG indica que é necessário aperfeiçoar as políticas de estímulo tanto à geração centralizada, que abarca os grandes projetos de parques solares, quanto à distribuída, gerada nos centros consumidores com instalação comercial e residencial.

É fundamental, segundo o estudo, a realização de leilões anuais e regulares que fomentem a inclusão da energia solar na matriz energética brasileira. A garantia de demanda para os próximos anos e o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos solares, atrelada à políticas de incentivo à tecnologia, levariam a energia a ter custos menores no país, tornando-se mais atrativa e competitiva.

O estudo aponta ainda para a importância de uma política de incentivos fiscais e tributários, além de linhas de financiamento para aquisição de sistemas fotovoltaicos com juros reduzidos e melhores prazos. A ONG indica que os municípios podem estimular a instalação de sistemas solares em residências e empresas por meio de deduções de impostos.

“Nossa expectativa é que o processo de inclusão da energia solar fotovoltaica continue e se aprofunde nos próximos anos. Que as contratações aumentem para estimular o desenvolvimento da indústria e da cadeira produtiva da energia solar no Brasil”, afirma o diretor executivo da ABSOLAR, Rodrigo Lopes Sauaia.

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