YINGLI SOLAR NEGOCIA VENDA DE 20 MIL PAINÉIS FOTOVOLTAICOS PARA A RENOVA ENERGIA | Petronotícias




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YINGLI SOLAR NEGOCIA VENDA DE 20 MIL PAINÉIS FOTOVOLTAICOS PARA A RENOVA ENERGIA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Paineis YingliA empresa chinesa Yingli Solar está negociando com a Renova Energia o fornecimento de 20 mil painéis solares para um projeto em Caetité, na Bahia. A informação foi dada pelo diretor executivo da Yingli no Brasil, Markus Vlasits, em entrevista coletiva nesta sexta (27).

“Estamos nos passos finais de uma negociação com a Renova Energia, que é uma empresa pioneira do setor eólico aqui no Brasil. Em breve devemos assinar o contrato”, afirmou.

A Yingli é uma das patrocinadoras da Copa do Mundo e foi a fornecedora dos painéis solares utilizados no estádio do Maracanã, com 390 KW de capacidade, e na Arena Pernambuco, com 1 MW.

Vlasits defendeu a importância da energia solar para o Brasil, ressaltando que o país vem passando por dificuldades para atender à demanda energética, e comparou os preços da geração fotovoltaica com as outras fontes no país.

“Existe uma ideia geral no Brasil de que a energia solar é cara. Pode ter sido o caso alguns anos atrás, mas as coisas mudaram bastante”, disse, mostrando uma tabela em que avalia o preço do MWh solar entre R$ 190 e R$ 550, ressaltando que a fonte ainda é mais cara do que as fontes hídrica e eólica, mas é mais barata do que as térmicas a carvão e óleo diesel, por exemplo.

Outro ponto positivo da geração fotovoltaica apontado pelo diretor foi a modularidade dos sistemas, podendo ser instalados tanto em residências e edifícios comerciais, como em indústrias e plantas de geração. Além disso, ele destacou a rapidez com que as estruturas podem ser montadas, citando um exemplo na Alemanha, onde construíram uma planta de 91 MW em 2012, ocupando uma área de 200 hectares, em apenas oito semanas.

“Acreditamos profundamente que a energia solar terá um papel fundamental como fonte complementar na matriz brasileira”, disse, lembrando que as estimativas oficiais do governo para o crescimento da demanda energética nacional giram em torno de 4,5% ao ano até 2022. “Para se ter uma ideia do potencial de expansão da demanda energética no país, hoje 200 milhões de brasileiros consomem a mesma quantidade de energia que 45 milhões de franceses”, completou.

Ao final, Vlasits afirmou que a Yingli pretende deixar como legado para o Brasil, além dos sistemas de geração dos estádios, um projeto novo, ainda não revelado, qualificado pela empresa como uma das maiores instalações solares do mundo.

“O que posso dizer é que vai ser um projeto solar bastante pioneiro”, disse, sem dar detalhes.

OUTROS PROJETOS

Além dos estádios, a Yingli já forneceu painéis para diversos clientes pelo Brasil, como para o Hospital Pró-Cardíaco, em projeto desenvolvido pela SGP Solar, um dos principais parceiros da empresa chinesa no Brasil.

As indústrias Becker, em São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte, também encomendaram painéis para a companhia, tendo instalado um sistema de 137 KW em sua área fabril.

A vice-presidente global de Marketing da Yingli Solar, Judy Tzeng Lee, enfatizou que um dos objetivos da empresa, não só no Brasil, é aumentar o alcance da energia solar, de maneira complementar à redução do impacto ambiental mundial.

“Queremos mostrar às pessoas como a energia solar pode estar próxima delas”, disse, detalhando os números da empresa, com 30 milhões de módulos solares instalados pelo mundo, totalizando mais de 9 GW de potência. No Brasil, segundo Judy, foram 5 mil painéis e quase 30 sistemas fotovoltaicos.

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ZINEY DIAS MARQUES
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ZINEY DIAS MARQUES

Importante a inclusão “econômica” da energia solar fotovoltaica na matriz energética brasileira. Sendo realmente inferior aos preços das térmicas (carvão e óleo diesel), como indicado pela empresa, essa proposição merece ser melhor avaliada. Muitas iniciativas nesse sentido já vem sendo praticadas no Brasil, com retorno do investimento ainda de longo prazo mas extremamente benéficas em termos ambientais. Por outro lado, não me parece muito difícil a absorção desse conhecimento por empresas brasileiras o que deve ser uma condição para que a chinesa e outras não atuem apenas como “vendedoras” através de um representante local. Que venham os empresários chineses e… Read more »