YOUSSEF CONFIRMA RECEBIMENTOS DE ANDRADE, BRASKEM, ENGEVIX, OAS, ODEBRECHT E TOSHIBA
O doleiro Alberto Youssef deu um novo depoimento à Justiça, nesta terça-feira (31), com novos detalhes sobre os pagamentos recebidos de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. O doleiro disse que recebia valores de uma série de empresas, citando Andrade Gutierrez, Braskem, Engevix, OAS, Odebrecht e Toshiba.
De acordo com Youssef, as comissões da Odebrecht e da Braskem eram relativas a obras na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), e foram pagas tanto em dinheiro quanto por meio de contas no exterior. Além disso, afirmou que, como os contratos eram relativos a um consórcio, o Conest, a empreiteira pediu que parte da propina fosse paga pela OAS, por meio da emissão de notas frias das empresas de fachada MO Consultoria, Empreiteira Rigidez e RCI Software, utilizadas pelo doleiro.
No caso da Toshiba, Youssef disse ter pago R$ 800 mil ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, metade diretamente e metade por meio de intermediários, a pedido da empresa japonesa. Os valores seriam furto de desvios em contratos da companhia no Comperj, segundo o doleiro.
Ele diz ainda ter feito três operações para a Andrade Gutierrez, entre 2013 e 2014, sendo uma de US$ 300 mil e outras duas de US$ 150 mil cada, mas ressaltou que isso não tinha relação com a Petrobrás. “Foi uma operação de caixa dois”, disse. O doleiro afirmou ainda ter recebido US$ 253 mil da Engevix no exterior.
As empresas negam ter pago propinas, assim como a participação em cartéis. Vaccari, por meio de seu advogado, negou o recebimento de valores ilícitos, alegando que todas as doações recebidas foram legais e registradas.
Veja a primeira parte do depoimento na seção Vídeo em Destaque ao lado e a segunda parte clicando aqui.
Deixe seu comentário