FALTA DE AÇO E OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS IMPACTAM MONTADORAS, INDÚSTRIAS DE TINTAS E EMBALAGENS | Petronotícias




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FALTA DE AÇO E OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS IMPACTAM MONTADORAS, INDÚSTRIAS DE TINTAS E EMBALAGENS

xsxsxsxsxsxO IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% do 3º trimestre na comparação com os três meses anteriores. O setor de indústria cresceu 14,8% e o de indústria de transformação 23,7%. Apesar de a indústria acumular queda no acumulado do ano de 3,9%, o crescimento mostra que o setor vem se recuperando em relação ao segundo trimestre. Mesmo com a recuperação, o setor vem sentindo o impacto da escassez de matéria-prima em diversos segmentos, além da alta de preços. Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que em outubro a falta de insumo atingiu os maiores patamares desde 2001 em 14 dos 19 segmentos da indústria. Neste campo, o aço é o grande destaque. A alta de mais de 100 % nos preços e a falta de fefeecompromisso para a entrega dos produtos, em chapa e agora o aço plano, tem impactado profundamente a economia.

Para o ministério da Economia, o mercado se ajeitará. Mas, pelo jeito, muitos cairão nesse caminho. As indústrias de petróleo e gás estão sofrendo até para receber suas encomendas. As siderúrgicas estão voltadas para o exterior. Esta semana a própria Anfavea denunciou a falta de aço no mercado. E anunciou que as empresas montadoras vão parar. Diante do cenário, muitas empresas tiveram que reduzir o ritmo da produção. Quem consegue produzir normalmente, enfrenta a falta de embalagens. Por consequência, a escassez e o câmbio desvalorizado têm impactado na alta de preços.

xdfeeefffA Anjo Tintas é outro exemplo. Há mais de 30 anos, tem sentido os reflexos da falta de insumos e embalagens. A empresa tem enfrentado a falta de embalagens metálicas, papelão e plásticos. Além disso, está pagando muito mais caro em resinas, embalagens, aditivos e pigmentos. Filipe Colombo (foto à esquerda), CEO da companhia, disse que  “O crescimento poderia ser muito maior. Poderíamos estar faturando cerca de 80% a mais de julho até dezembro caso não estivéssemos enfrentando a falta de embalagens e matéria-prima no mercado. Além da escassez para a produção de tintas, há também uma inflação generalizada nos insumos, o que deve levar para um cenário de alta de preços e incertezas para 2021.”

A Companhia Metalgraphica Paulista, pioneira ao produzir embalagens de aço no país e uma das empresas gtgtgtgtgfornecedoras de latas, também tem sentido os impactos da falta de insumos e alta dos preços no mercado. José Villela (foto à direita), vice-presidente da Companhia Metalgraphica Paulista, declarou: “Desde junho, a demanda acelerou muito e de forma muito rápida devido a vários fatores como aumento do poder de compra do brasileiro com o auxílio emergencial e o fato de as pessoas estarem mais tempo em casa e quererem fazer reformas ou investir no home office. Com a falta de insumos no mercado, os preços subiram muito. Tivemos que fazer malabarismos e estivemos aquém do nosso nível de atendimento. Acreditamos que no começo de 2021 teremos uma normalização da entrega de aço e um reequilíbrio dos preços.”

A Anjo Tintas, mesmo em um ano de crise econômica no país devido ao avanço da Covid-19, espera faturar neste ano R$ 600 milhões, valor acima do esperado devido à crise e que se deve também à retomada da economia e ao desejo do consumidor de investir mais em reformas em casa, por exemplo. No total, o crescimento chega a cerca de 10% no ano, com destaque para a linha de tintas automotivas (+21,5%), imobiliária (+16%) e tintas para embalagens (+15%).

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