PETROBRÁS AVANÇA NA PRODUÇÃO DE QUEROSENE DE AVIAÇÃO COM CONTEÚDO RENOVÁVEL
Os trabalhos da Petrobrás para desenvolver uma nova geração de combustíveis sustentáveis avançam. Em meio ao reajuste anunciado nesta semana pela empresa no preço do Querosene de Aviação comum (QAV), a petroleira concluiu o primeiro teste de produção da versão desse combustível com conteúdo renovável, o BioQAV. O procedimento foi realizado na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e os resultados foram considerados promissores. O BioQAV emite menos CO2 que o QAV mineral (derivado do petróleo), já que é formado por compostos gerados pela hidrogenação (reação química com adição de hidrogênio) de um óleo vegetal.
“O BioQAV terá papel relevante para reduzir as emissões de CO2 do setor aéreo. E a Petrobras reúne todas as competências e condições para liderar o movimento de pesquisa, desenvolvimento e produção futura de BioQAV no Brasil. Com vocação para inovar, a empresa é uma referência em desenvolvimento tecnológico de produtos de última geração, assim como tem histórico de atuar com combustíveis sustentáveis como o Diesel R5, com conteúdo renovável”, disse o Diretor de Refino e Gás Natural da Petrobrás, Rodrigo Costa (foto).
A conclusão do teste tornou a Petrobrás a primeira empresa brasileira a realizar o processo de produção por coprocessamento (processamento conjunto) de querosene de origem fóssil e óleo vegetal, utilizando unidades de refino existentes. “Esse teste é fruto de um trabalho integrado de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Petrobras, para o qual diferentes competências em processamento, qualidade de produtos e operação industrial, foram mobilizadas. O BioQAV, produzido por coprocessamento de óleos vegetais, leva à formação de compostos de mesma natureza química que o QAV mineral”, disse o Diretor de Tecnologia Digital e Inovação da Petrobrás, Juliano Dantas (foto à direita).
Nesta semana, conforme já anunciado ao mercado, a Petrobrás anunciou um reajuste de 11,4% no preço médio da querosene de aviação (QAV). De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), o combustível dos aviões acumula alta de 64,3% entre 1º de janeiro e 1º de junho. “Historicamente, o QAV é o item de maior peso para a aviação, pois responde por mais de um terço dos custos totais das companhias”, detalhou a ABEAR.
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