NUCLEP COMEMORA 43 ANOS COM NOVO ACORDO PARA PRODUÇÃO DE EQUIPAMENTOS DESTINADOS AO SETOR NUCLEAR
Considerada uma peça fundamental no setor de caldeiraria pesada do Brasil, a Nuclep começa esta semana de forma especial. A empresa está completando hoje (8) o seu aniversário de 43 anos, celebrando um legado bem-sucedido de projetos em diferentes setores. No segmento de óleo e gás, por exemplo, a empresa produziu em 2005, pela primeira vez na América Latina, os cascos semissubmersíveis para plataformas da Petrobrás (P-51 e P-56). No segmento de defesa, a companhia foi responsável por construir os quatro cascos do Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB). Essas são algumas das glórias conquistadas pela companhia nessas últimas quatro décadas – e o futuro promete reservar ainda muitas outras histórias de sucesso. Especificamente no setor nuclear, a Nuclep espera assinar novos contratos com a Eletronuclear para o fornecimento de equipamentos para Angra 3. Além disso, a empresa acaba de assinar um novo memorando de entendimentos com a americana Holtec, com foco na construção de equipamentos nucleares para o Brasil.
A parceria foi firmada pelo presidente da Nuclep, Carlos Seixas, e o vice-presidente de projetos internacionais da Holtec, Rick Springman, durante a feira Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E). A assinatura foi acompanhada pelo deputado federal Júlio Lopes, que preside a Frente Parlamentar Nuclear no Congresso Nacional. O acordo visa agregar os projetos gerenciados pela Holtec à capacidade e expertise da Nuclep na construção de equipamentos nucleares para o país – tais como pequenos reatores modulares (SMRs) e trocadores de calor para a usina de Angra 3.
Para lembrar, Seixas está na presidência da estatal desde 2017 e, desde então, tem liderado um processo de crescimento e fortalecimento da empresa, preservando o caráter estratégico da companhia. Em 2019, a Nuclep assinou com a Amazul um acordo para confeccionar parte do Laboratório de Geração de Energia NucleoElétrica (LABGENE). Para lembrar, o LABGENE foi concebido como um protótipo em terra, em escala real, dos sistemas de propulsão que serão instalados no submarino nuclear brasileiro. Nesse projeto, a Nuclep atua na construção do Bloco 40, seção onde ficará o reator do LABGENE. A empresa também está preparando-se para iniciar a construção da Seção de Qualificação do submarino.
A ideia é que, no futuro, a companhia participe da construção do casco e de outros equipamentos do submarino nuclear. “A Nuclep é uma empresa de caldeiraria pesada, além de ser a única companhia no país capaz de construir um submarino nuclear. Tanto o casco do submarino quanto outros equipamentos – tais como o vaso do reator e os trocadores de calor, por exemplo – serão desenvolvimentos nacionais”, afirmou Seixas em reportagem publicada pelo Petronotícias.
Enquanto se prepara para participar das obras envolvendo o projeto do submarino nuclear, a Nuclep comemora a entrega bem sucedida dos cascos dos quatro submarinos convencionais do PROSUB (Riachuelo, Humaitá, Tonelero e Angostura). Inclusive, recentemente a Marinha concluiu a transferência da primeira seção do submarino Angostura (S-43) para o Estaleiro de Construção, localizado no Complexo Naval de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O Angostura é o quarto submarino convencional de propulsão diesel-elétrica do PROSUB.
No segmento de energia, a gestão de Seixas marcou a entrada da empresa no segmento de produção de torres de transmissão. Paralelamente, a Nuclep está em negociações e conversas com a Eletronuclear, de olho em novos contratos para fornecimento de equipamentos para a usina nuclear de Angra 3.
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